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Abstract(s)
A evidência aponta para um impacto negativo tanto na vida social e educacional como na qualidade de vida de crianças com perturbação dos sons da fala (PSF) podendo estender-se à idade adulta. Objetivos: Contributo para a validação da versão portuguesa do índice pediátrico de desvantagem da fala (pSHI) em crianças de 8 e 9 anos de idade com perturbações dos sons da fala (PSF). Métodos: Estudo realizado em duas etapas, a primeira do tipo metodológico para validação de conteúdo do pSHI e a segunda do tipo transversal, para análise das propriedades métricas do instrumento. A análise de conteúdo foi realizada por três terapeutas da fala que não participaram nas restantes etapas do estudo. Na segunda etapa, três terapeutas da fala aplicaram o teste de avaliação da articulação verbal (TAV), classificaram o nível de gravidade da fala de crianças em contexto escolar numa escala de tipo Likert de quatro pontos. Os cuidadores das crianças responderam à versão portuguesa do questionário pSHI, ao questionário de
caraterização demográfica e clínica e à escala de nível de gravidade da fala da criança. A fidedignidade foi analisada através da consistência interna (alfa de Cronbach) e do acordo intra e inter-examinadores e cuidadores (Coeficiente de Correlação Interclasse, ICC). A validade foi analisada através da validade de conteúdo (sensibilidade dos itens) e convergente (correlação de Spearman), e validade discriminante entre crianças com e sem PSF (Teste Mann-Whitney).
Resultados: Foram analisadas 93 crianças entre os 8 e os 9 anos e onze meses (54.8% sexo masculino) das quais 36 tinham PSF. A sensibilidade dos itens e a correlação item-total demonstraram a validade de conteúdo do pSHI. O instrumento revelou uma excelente consistência interna (0.88 >ICC< 0.92). No teste-reteste, os resultados situaram-se entre 0.74 >ICC< 0.89 revelando uma reprodutibilidade moderada a boa. O pSHI correlacionou-se significativamente com instrumentos clínicos e escala de perceção global de fala pelos
encarregados de educação. As crianças com PSF obtiveram resultados significativamente superiores aos das crianças sem PSF provando que o pSHI tem validade discriminante.
Conclusão: O pSHI demostrou ser fidedigno e com validade, mas a sua aplicação no âmbito clínico e de investigação exige a realização de estudos futuros com maior dimensão amostra e de população clínica, ou seja, de crianças com PSF.
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Keywords
Pediatric Speech Handicap Index Perturbação dos sons da fala Qualidade de vida