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Abstract(s)
Esta dissertação tem como objetivo explorar os consumidores de experiências de bem-estar mental, emocional e espiritual enquanto possível comunidade tribal de consumo. Partindo da crescente valorização do bem-estar na sociedade, particularmente no contexto pós-pandémico, o estudo analisa como é que práticas como a meditação, a psicoterapia, o Reiki, entre outras, são integradas na vida quotidiana dos indivíduos e como estas moldam a sua identidade, relações e escolhas de consumo. Para tal, aplicou-se uma metodologia mista, com uma análise de dados obtida a partir de um questionário aplicado a 109 consumidores de experiências de bem-estar, 170 respostas qualitativas de questões abertas do questionário e 11 entrevistas em profundidade.
Os resultados indicam que estes consumidores atribuem às suas práticas de bem-estar um significado profundo, que ultrapassa a mera funcionalidade. Estas práticas funcionam como mecanismos de autorregulação, reencontro espiritual e reconstrução pessoal, frequentemente motivadas por experiências de sofrimento ou busca de sentido. Verifica-se uma forte componente identitária e afetiva, onde o bem-estar é vivenciado como um processo holístico.
Embora nem todos os participantes se identifiquem formalmente com comunidades ou grupos, é possível identificar alguns traços de tribalismo. A pertença a grupos, a participação em eventos e a prática diária sustentam esta configuração. Contudo, também se observam tensões, afastamentos e resistência a tendências. Conclui-se, assim, que a investigação permitiu explorar algumas características associadas a uma tribo de consumidores, onde umas se verificam, mas outras não.
Description
Keywords
Bem-estar mental Emocional e espiritual Consumo Tribo