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A ozonoterapia na medicina dentária

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Abstract(s)

O ozono tem vindo a ser utilizado com êxito na medicina há mais de um século, em virtude das suas propriedades microbiológicas. Trata-se de um composto químico altamente reativo, formado por três átomos de oxigénio, que atua como um agente oxidante. As células saudáveis do nosso corpo contêm antioxidantes (vitaminas C e E) que as protegem da oxidação provocada pelo ozono. Os agentes patogénicos, como as bactérias, contêm quantidades muito reduzidas de antioxidantes nas suas membranas, o que as torna vulneráveis ao ozono e leva à destruição da sua membrana celular. A capacidade do ozono para produzir radicais livres e provocar a morte de praticamente todos os micro-organismos é a base das suas propriedades bactericidas, viricidas e fungicidas. A ozonoterapia é uma técnica complementar que utiliza ozono (O3), nas suas formas gasosa, aquosa e oleosa, como uma opção terapêutica no tratamento de várias patologias, e apresenta-se como uma nova modalidade de tratamento alternativo na área da odontologia. De facto, a ozonoterapia tem sido utilizada até à data na cicatrização, cáries dentárias, líquen plano oral, gengivite e periodontite, halitose, osteonecrose da mandíbula, dor pós-cirúrgica, placa bacteriana e biofilmes, tratamento de canais radiculares, hipersensibilidade dentinária, disfunções da articulação temporomandibular e branqueamento dentário. A terapia com ozono é considerada uma opção de tratamento de desinfeção, sendo uma modalidade conservadora, segura e minimamente invasiva. O tratamento é bastante acessível e indolor o que aumenta a tolerância e aceitabilidade dos pacientes. Os efeitos adversos mínimos vão ajudar a minimizar o stress durante o tratamento dentário, permitindo ainda um trabalho mais confortável. O objetivo deste trabalho é explorar em profundidade o conceito de ozonoterapia, bem como analisar as suas indicações e contra-indicações em Medicina Dentária.
The use of ozone in medicine has been successfully practiced for more than a century due to its microbiological properties. Ozone is a highly reactive chemical compound composed of three oxygen atoms, functioning as an oxidizing agent. The healthy cells in our body contain antioxidants (such as vitamins C and E), which protect them from the oxidative effects of ozone. Pathogenic agents, such as bacteria, have very low levels of antioxidants in their membranes, making them vulnerable to ozone and leading to the destruction of their cellular membranes. Ozone's ability to generate free radicals and cause the death of virtually all microorganisms underpins its bactericidal, viricidal, and fungicidal properties. Ozone therapy is a complementary technique that uses ozone (O₃) in its gaseous, aqueous, and oily forms as a therapeutic option for the treatment of various pathologies. It has emerged as a novel alternative treatment modality in the field of dentistry. Indeed, ozone therapy has been used to date for wound healing, dental caries, oral lichen planus, gingivitis and periodontitis, halitosis, jaw osteonecrosis, post-surgical pain, bacterial plaque and biofilms, root canal treatments, dentin hypersensitivity, temporomandibular joint dysfunctions, and tooth whitening. Ozone therapy is considered a disinfection treatment option, being a conservative, safe, and minimally invasive modality. The treatment is highly accessible and painless, which enhances patient tolerance and acceptance. Its minimal adverse effects help reduce stress during dental treatment, allowing for a more comfortable experience. The objective of this study is to explore in depth the concept of ozone therapy, as well as to analyze its indications and contraindications in dental medicine.
L’ozone est employé avec succès en médecine depuis plus d’un siècle en raison de ses propriétés microbiologiques. Il s’agit d’un composé chimique hautement réactif, constitué de trois atomes d’oxygène, qui agit comme agent oxydant. Les cellules saines de l’organisme contiennent des antioxydants (vitamines C et E) les protégeant de l’oxydation induite par l’ozone. En revanche, les agents pathogènes, tels que les bactéries, présentent des niveaux très faibles d’antioxydants au sein de leurs membranes, ce qui les rend vulnérables à l’ozone et conduit à la destruction de leur enveloppe cellulaire. La capacité de l’ozone à générer des radicaux libres et à entraîner la lyse de pratiquement tous les micro-organismes sous-tend ses propriétés bactéricides, virucide et fongicide. L’ozonothérapie constitue une technique complémentaire utilisant l’ozone (O₃) sous ses formes gazeuse, aqueuse ou huileuse comme option thérapeutique dans le traitement de diverses pathologies, et se présente comme une nouvelle modalité de soin alternatif en odontologie. À ce jour, l’ozonothérapie a été appliquée notamment à la cicatrisation, à la carie dentaire, au lichen plan buccal, à la gingivite et à la parodontite, à l’halitose, à l’ostéonécrose de la mandibule, à la douleur post-chirurgicale, à la plaque bactérienne et aux biofilms, au traitement des canaux radiculaires, à l’hypersensibilité dentinaire, aux dysfonctions de l’articulation temporo-mandibulaire ainsi qu’au blanchiment dentaire. L’ozonothérapie est considérée comme une modalité de désinfection conservatrice, sûre et peu invasive. Son caractère accessible et indolore améliore la tolérance et l’acceptabilité des patients, tandis que ses effets secondaires minimes contribuent à réduire le stress lors des soins dentaires, offrant ainsi un confort accru au praticien et au patient. L’objectif de ce travail est d’explorer en profondeur le concept d’ozonothérapie et d’analyser ses indications et contre-indications en médecine dentaire.

Description

Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas Moniz

Keywords

Ozonoterapia Aplicações clínicas Contraindicações

Pedagogical Context

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