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Lopes Freitas, Elsa Rafaela

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  • Estudo da enxaqueca em idade pediátrica nos cuidados de saúde primários da região Centro de Portugal
    Publication . Lopes Freitas, Elsa Rafaela; Mina, M.; Madanelo, I.; Silva, B.; Silva, C.; Cebola, J.; Ribeiro, M.; Tomás, L.; FIGUEIREDO, INÊS; Amaral, L.; Paixão, L.; Esperança, A.; Pinto, V.; Rosendo, Inês; Palavra, Filipe
    Introdução: A enxaqueca é uma cefaleia primária comum, que pode ter início em idade pediátrica. Não existem dados concretos nos cuidados de saúde primários (CSP) em Portugal. Foi objetivo deste estudo caracterizar uma população pediátrica com diagnóstico de enxaqueca em seguimento nos CSP da região Centro de Portugal, abordando aspetos demográficos, epidemiológicos e clínicos. Métodos: No primeiro trimestre de 2018, a partir de dados retrospetivos colhidos exclusivamente em ambiente de CSP, selecionámos uma amostra de indivíduos em idade pediátrica de 11 unidades de saúde, com diagnóstico de enxaqueca codificado nos problemas ativos do sistema informático. Foram recrutados sequencialmente e entrevistados de acordo com um guião pré-definido, baseado nos critérios da Classificação Internacional de Cefaleias. Realizámos a análise estatística descritiva das variáveis recolhidas. Resultados: Recrutámos 117 indivíduos e, após entrevista, apenas 72 foram incluídos. Estimámos uma prevalência de enxaqueca pediátrica de 0,35% nessas unidades, afetando predominantemente adolescentes do sexo feminino. O intervalo de tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico teve uma mediana de 1,3 anos (0-3 anos). Confirmámos que faziam terapêutica profilática 22,2% dos casos e terapêutica abortiva de crise 97,2% deles, sendo as classes mais utilizadas os analgésicos simples (65,7%) e anti-inflamatórios não esteróides (50,0%). Apenas uma minoria utilizava triptanos (2,9%). A automedicação foi reportada em 12,5% dos casos. Recorriam à terapêutica não farmacológica 66,7% dos doentes. Discussão: O diagnóstico e prevalência estimada de enxaqueca pediátrica nos CSP ficaram aquém dos valores descritos na literatura. O tratamento implementado nas crises é adequado, mas a utilização de terapêutica não farmacológica e profilática poderão ser otimizadas, nesta população particular. Salvaguarda-se, no entanto, que este foi um estudo preliminar de natureza retrospetiva realizado numa população de uma zona geográfica específica do país, carecendo naturalmente de confirmação posterior.