ICAD - Outros
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Browsing ICAD - Outros by Subject "comportamentos aditivos"
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- A dimensão problemática dos comportamentos aditivos entre os jovens portugueses: Resultados do ECATD-CAD 2019Publication . Calado, Vasco; Lavado, Elsa; Coppi, Marcelo; Oliveira, Hugo; Cristóvão, Ana Maria; Bonito, JorgeApresentam-se os principais resultados do Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências (ECATD-CAD 2019), um estudo de cariz quantitativo do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) realizado entre os alunos do ensino público com idade entre os 13 e os 18 anos, dando aqui destaque à dimensão problemática de diversos comportamentos aditivos e à sua associação com vários tipos de problemas. Tal como outros estudos realizados entre a população juvenil têm demonstrado, o álcool é a principal substância psicoativa consumida entre os alunos, seguindo-se o tabaco e só depois as drogas ilícitas, sendo que a canábis é a substância ilícita mais consumida. Quanto a comportamentos potencialmente aditivos sem substância, a utilização da Internet para aceder a redes sociais é uma prática adotada pela quase totalidade dos alunos, sendo que a prática de videojogo também é muito expressiva, ao contrário do jogo a dinheiro, que é algo que apenas uma minoria declara fazer. Uma percentagem diminuta de consumidores de álcool refere ingerir bebidas alcoólicas para esquecer problemas e lidar com a ansiedade e a depressão. Da mesma forma, a percentagem de consumidores de canábis que apresentam um padrão de consumo com risco moderado e elevado também é baixa. Em contrapartida, cerca de um em cada cinco utilizadores de redes sociais, jogadores de videojogos e jogadores a dinheiro está associado a uma maior dimensão problemática. Do exercício de analisar a experiência de algumas situações problemáticas em função de um conjunto de variáveis sociodemográficas e de caracterização, resulta o perfil dos alunos em maior risco: sexo masculino, residentes nas regiões de Lisboa, Alentejo e Açores, com um baixo rendimento escolar e, sobretudo, que saem à noite assiduamente (numa base mensal ou semanal). Já a idade parece não ser decisiva na experiência de problemas, pois há situações problemáticas que são mais declaradas pelos alunos de menor idade (13-15 anos) e outras pelos mais velhos (16-18 anos). Ser consumidor de álcool e, sobretudo, de drogas ilícitas é algo que faz aumentar consideravelmente o risco de envolvimento em situações problemáticas, nomeadamente alguns comportamentos de risco de natureza sexual e problemas com a polícia. No entanto, estas situações tendem a não ocorrer durante ou depois dos consumos, pelo que não se pode estabelecer um nexo causal. A próxima edição do estudo, cuja recolha de dados ocorrerá no primeiro trimestre de 2024, permitirá acompanhar a tendência de evolução destes fenómenos
- A diversificação dos padrões de consumo:atualizações que se impõemPublication . Rêgo, Ximene; Anjos, PurificaçãoO mote da Lei nº 30/2000 de 29 de novembro – conhecida por lei da descriminalização – é o alargamento da protecção sanitária e social das pessoas que utilizam drogas ilegais, o que tem vindo a ser alcançado com sucesso (ver Quintas, 2014). O número de utilizadores enquadrados por alguma forma de resposta oferecida pelo dispositivo das drogas nunca foi tão elevado.1 Entre as virtudes da nova lei, se considerarmos o conjunto de dispositivos forjados e implementados a par da mudança legislativa – e que lhe terá conferido o reconhecimento de modelo português das drogas – estará a deslocação, ainda que por vezes vacilante, da resposta da esfera da justiça para a esfera da saúde.
- Doença alcoólica: contributos para a sua compreensão e intervençãoPublication . Valentim, Olga; Moutinho, Lídia; Rolo, João JoséA história do consumo de álcool quase se confunde com a própria história do homem, assumindo um papel relevante desde as culturas mais antigas. De facto, esta substância servia uma variedade de fins individuais e sociais. Ao nível individual, promovia a estimulação física e psíquica, o alívio de situações emocionais adversas, a alteração dos estados de consciência, entre outros. Socialmente, para além do valor medicinal, o álcool surgia associado a rituais, cerimónias religiosas, tradições e costumes. Esses costumes eram transmitidos de geração em geração, sendo exemplo comum o molhar da chupeta em vinho para adormecer o bebé.