IPC-ESTeSC - Dissertações de mestrado
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Browsing IPC-ESTeSC - Dissertações de mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências da Saúde"
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- Aptidão física relacionada com a saúde, problemas músculo-esqueléticos e capacidade para o trabalho dos fisioterapeutasPublication . Maurício, Tânia; Gonçalves, Rui Miguel Monteiro Soles, 1976-Introdução: A fisioterapia é uma profissão fisicamente exigente que requer um elevado nível de aptidão física para realizar as atividades inerentes à função e cuja prevalência de problemas músculo-esqueléticos é elevada. Os problemas músculo-esqueléticos têm implicações em termos de capacidade para o trabalho, produtividade e de aumento de custos associados. Objetivos: Caracterizar os fisioterapeutas em termos de aptidão física relacionada com a saúde (AFRS), de prevalência de problemas músculo-esqueléticos (PME) e de capacidade para o trabalho (CT); perceber a relação entre os níveis de AFRS nos diversos componentes, os PME e os níveis de CT; perceber se níveis anteriores de AFRS estavam associados ao aparecimento de novos PME e a alteração da CT. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo longitudinal com dois momentos separados por 12 semanas. A amostra foi constituída por 98 fisioterapeutas a trabalhar na região centro do país. Em T0, foram avaliados os componentes de AFRS através de testes validados, os PME através do Questionário Nórdico Músculo-Esquelético (QNME) e a CT através do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Em T1, os PME e a CT foram reavaliados. Resultados: Em média, os fisioterapeutas apresentaram um nível de aptidão física muito mau na composição corporal, razoável a superior de aptidão cardiorrespiratória, fraco de força muscular, a necessitar de melhoria na resistência muscular na força de braços, muito abaixo da média na resistência muscular em força abdominal e razoável a muito bom de flexibilidade. Apresentaram uma elevada prevalência de PME sendo a cervical (67,5%), a lombar (59,2%), os ombros (53,1%) e os punhos/mãos (45,9%) as zonas mais afetadas e uma CT entre o bom e o excelente. Os que tinham PME nos cotovelos tinham pior composição corporal assim como os que apresentavam limitação por PME na lombar e ancas/coxas. Os que tinham PME nos joelhos tinham melhor composição corporal. Os que tinham PME na cervical e nos punhos/mãos tinham pior resistência cardiorrespiratória. Os que tinham PME nos punhos/mãos tinham melhor força muscular e os que tinham PME na lombar tinham melhor resistência muscular de força de braços. Os que tinham limitação por PME na cervical tinham melhor flexibilidade. Encontrou-se correlação positiva moderada entre a composição corporal e a intensidade da dor na cervical, ombros e lombar, e entre a flexibilidade e a intensidade da dor nos joelhos e correlação negativa moderada entre flexibilidade e a intensidade da dor cervical e a resistência muscular de força abdominal e a intensidade da dor torácica. Os que apresentavam PME em várias regiões tinham pior CT e encontrou-se correlação negativa moderada entre a intensidade da dor na cervical e a CT. Em T1, os que deixaram de sentir limitação por PME na cervical tinham uma melhor flexibilidade e os que deixaram de ter PME nos cotovelos tinham melhores níveis de composição corporal. Conclusão: Os fisioterapeutas apresentaram uma AFRS que variou do muito mau ao superior dependendo dos componentes, uma elevada prevalência de PME e uma CT entre o bom e o excelente. A prevalência de PME, a limitação nas atividades e a intensidade da dor estavam associadas a uma pior composição corporal (quando presentes na cervical, ombros, cotovelos, lombar e ancas/coxas), a uma pior resistência cardiorrespiratória (quando presentes na cervical e punhos/mãos) e a uma pior flexibilidade (quando presentes nos joelhos), enquanto que a prevalência de PME, a limitação nas atividades e a intensidade da dor estavam associadas a melhor composição corporal (quando presentes nos joelhos), a melhor força muscular (quando presentes nos punhos/mãos), a melhor resistência muscular (quando presentes na torácica e lombar) e a melhor flexibilidade (quando presentes na cervical). A prevalência de PME e intensidade da dor estavam associadas a uma pior CT. Os que deixaram de ter limitação por problema na cervical tinham uma melhor flexibilidade e os que deixaram de ter PME nos cotovelos tinham melhor composição corporal.
- Empoderamento de mulheres, violência de gênero e feminicídio: um projeto de intervenção em educação para saúdePublication . Martins, Luma Flávia Josino; Teixeira, Maria Filomena Rodrigues; Ribeiro, Paulo Rennes MarçalA questão da violência contra as mulheres e feminicídio é uma situação complexa e estrutural, sendo importante compreender os seus contextos, conceitos, e nuances, para que desta forma, seja possível elaborar mecanismos, processos ou sistemas eficazes de prevenção, proteção e auxílio, através da disseminação da informação e conscientização, nos mais diversos setores da sociedade: escolas, empresas, universidades e até instituições de saúde, inclusive no contexto da promoção da saúde, sendo a Educação em Saúde um importante e valioso instrumento neste sentido. Este estudo teve como objetivo principal a elaboração e aplicação de uma intervenção em Educação para Saúde sobre rede empoderamento de mulheres, violência de gênero e o feminicídio, a ser realizada numa comunidade de inserção de Coimbra. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa/exploratório e descritiva e técnica de estudo bibliográfico para fundamentação teórica. A intervenção constitui-se de 5 fases, com sessões individuais e coletivas, com aplicação de entrevistas semiestruturadas, questionários com perguntas abertas e rodas de conversa sobre temas abordados. A pesquisa avançou até ao contacto com a direção da comunidade, onde foi apresentada a proposta do projeto de pesquisa, porém, com a entrada do país em estado de emergência pelo contexto da pandemia da Covid-19, a intervenção foi adiada por medidas de segurança. A partir do estudo bibliográfico realizado para a fundamentação teórica, conclui-se que pesquisas com intervenções práticas na área da violência contra as mulheres são cada vez mais necessárias diante do problema complexo e estrutural que caracteriza a violência de homens sobre as mulheres, bem como o feminicídio, com estudos mais aprofundados que evidenciem o tema, portanto, assim que possível, a intervenção será aplicada de acordo com as medidas de segurança indicadas, e espera-se que, dessa forma, os resultados desta pesquisa contribuam para elaboração de ações e instrumentos para a construção de redes de empoderamento de mulheres, de combate à violência contra as mulheres e ao feminicídio.
- MRI (1.5 and 3 Tesla) sequence optimization for use in OrthopaedicsPublication . Pereira, Cláudio; Alves, Francisco; Partington, KarenContexto: Existe, actualmente, uma incessante necessidade por exames imagiológicos melhores e mais rápidos no campo da Ressonância Magnética Imagiológica (RMI) clinica. Isto é particularmente verdade em RMI músculo-esquelética (MSK), na qual longas listas de espera são um problema constante. Para além disto, fundos para adquirir ou actualizar equipamentos imagiológicos encontram-se totalmente ou parcialmente cortados, devido à difícil situação financeira na qual a maioria dos Sistemas de Saúde se encontra. Este projecto pretende avaliar se e até que ponto a Optimização de Sequências de RMI pode ser uma resposta ao desafio de melhorar a qualidade de imagem (QI) e reduzir o Tempo de Aquisição (TA) sem recurso a investimento financeiro. Metodologia: Foram criadas Sequências Optimizadas (SO), para scanners de 1,5 e 3 Tesla, que se focaram em obter a melhor relação QI/TA. As SO foram desenvolvidas pegando em sequências RMI genéricas, já disponibilizadas pelos fabricantes nos scanners, e depois manipulando os seus parâmetros RMI através de um processo iterativo, em conjunção com várias antenas RMI receptoras e fantomas de RMI biológicos e não biológicos. Após a melhor relação QI/TA ter sido estabelecida, para cada sequência, estas foram usadas para criar réplicas dos protocolos padrão do Departamento de RMI. A diferença em TA entre os protocolos velhos e os novos foi calculada para medir a redução de TA obtida. A mudança em QI foi avaliada através análise visual retrospectiva efectuada por avaliadores cegos, os quais tinham extensa experiência em RMI MSK. As respostas dos avaliadores foram registadas através de um questionário padrão que se focou na QI geral e em aspectos técnicos específicos (exemplo: Resolução Espacial, Contraste, Artefactos, etc.) Resultados: A redução média no TA foi de 6 minutos e 48 segundos por exame. Esta redução intensificou-se em protocolos com um maior número de sequências. T1 foi a ponderação que demonstrou maior redução do TA. No geral os avaliadores consideraram que as imagens obtidas com SO tinham melhor ou muito melhor QI que as imagens obtidas com sequências não optimizadas. Esta tendência esteve também presente para todos os aspectos técnicos de QI avaliados (p <0.05), exceptuando: Relação Sinal-Ruído e Artefactos. T1 foi a ponderação na qual houve maior melhoria da QI. Foi notado que as SO produziam mais barulho e maior Taxa de Absorção Especifica que as sequências não optimizadas, embora os níveis de segurança tenham sido respeitados. Conclusões: A Optimização de Sequências é um método útil para melhorar a QI e reduzir o TA, que não precisa de investimento monetário significativo. Naturalmente tem os seus limites mas, caso seja empregue correctamente por técnicos entendidos em RMI, é uma ferramenta versátil que pode fazer a diferença na qualidade de imagem e na carga de trabalho expedida pelo scanner.
- Screening and assessment of risk of falling: basis for exercise prescriptionPublication . Vaz, Sílvia Leontina Rosa; Martins, Anabela Correia; Murawa, MikeIntroduction: Falls are currently considered one of the most common and serious public health problems (Gschwind et al 2013). Faced with this problem, it becomes necessary to explore which factors can better predict the risk of falls in individuals living in the community, so that, preventive measures can be considered. Objectives: To identify fall risk indicators and to relate them to exercise prescription levels; to relate the history of fall, the functional capacity (measured through the Timed Up & Go, 10-meter walking speed test, Step test) and the fall risk factors and propose a guide based on those relations to address exercise prescription. Material and Methods: Descriptive and exploratory study. Two hundred community dwelling adults aged 55 or older were assessed, integrating two sub-samples, a Portuguese and a Polish. Study participants were assessed for socio-demographic data, history of falls, fear of falling, exercise, sedentary lifestyle, hearing problems and/or dizziness, visual problems, alcohol consumption, exercise self-efficacy and confidence in activities of the daily life (FES-Portuguese version). They were also subjected to three functional tests, golden measures in the assessment of fall risk, Timed Up and Go (TUG), 10-meter walking speed test and Step Test (15s).The statistical design included descriptive analyses, inferential analyses (bivariate: t-test for independent samples, One-Way ANOVA and Pearson’s correlation coefficient. Results: The percentage of fall in the population was 39.5% and 45.3% in total and Portuguese samples, respectively. TUG, 10-meter walking speed test and step test could distinguish those with history of fall and those without, with statistically significant differences (p≤0.05). Taking more than 4 different medications per day, fear of falling, hearing problems and/or dizziness and the need for help getting up from a chair were related to the history of falls, TUG, walking speed and step test (p≤0.05).The sedentary lifestyle and the use of assistive devices were associated to worst results of the functional tests(p <0.05) in the Portuguese population. TUG, 10-meter walking speed test, step test were correlated with self-efficacy for the exercise. Conclusions: The incidence of falls are higher than literature have reported and it is inversely associated with the functional capacity of the community dwelling adults aged over 55 years old. Data from this study is a valuable basis for exercise prescription, taking into account the levels of risk and the levels of exercise prescription.