AFA - Academia da Força Aérea
Permanent URI for this community
A Academia da Força Aérea, criada em 1978, é um Estabelecimento de Ensino Superior Público Militar onde são formados os Oficiais do Quadro Permanente da Força Aérea, nas especialidades de Pilotagem Aeronáutica, Eng.ª Aeronáutica, Eng.ª de Aeródromos, Eng.ª Eletrotécnica e Administração Aeronáutica. O Ensino aqui ministrado visa preparar os futuros Oficiais com as competências técnicas para GERIR, OPERAR e MANTER os Sistema de Armas tecnologicamente sofisticados e complexos, mas também com as competências únicas de COMANDAR, de saber conduzir os outros, mesmo nas condições mais adversas, para o cumprimento das missões que lhes forem atribuídas.
www.academiafa.edu.ptBrowse
Browsing AFA - Academia da Força Aérea by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Ciências Políticas"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Ameaças globais: o terrorismo de matriz islâmica na globalizaçãoPublication . Lopes, João; Ameaças, Globalização; Matriz islâmica, TerrorismoO sistema internacional atravessa, em pleno século XXI, uma transição incerta na estabilidade e ordem mundiais. Num mundo profundamente globalizado, em que os fenómenos de aproximação social, económica, política e cultural definem uma linha muito ténue entre a escala da violência e a construção de uma paz comum, emerge o objeto de estudo da investigação. O terrorismo de matriz islâmica é, não só, um fenómeno moderno, como também um movimento fundamentalista profundamente conhecedor das vantagens da era moderna em que claramente se assumiu. Na atualidade, com os naturais avanços da tecnologia e dos meios de comunicação, dimanados da onda da globalização que inundou a cena internacional, a ameaça do terrorismo de matriz islâmica pôde potenciar a sua estratégia. A capacidade de alcance dos grupos extremistas islâmicos atinge, na atualidade, a fasquia milenar da influência à escala global. A emergência desta ameaça internacional reúne o alarmismo dos Estados mundiais, perspetivando uma das principais preocupações da segurança internacional. O papel das organizações/entidades governamentais e não-governamentais parece ter, mais de que nunca, uma importância crucial na atenuação das ameaças globais. A vitalidade da coordenação de esforços à escala planetária, entre as várias organizações e entidades nacionais e transnacionais, revela-se crucial para as mudanças e perigos emergentes deste século. A globalização da sociedade contemporânea tem facilitado a projeção de redes terroristas. No entanto, deve ser encarada como um fenómeno potencialmente contributivo para a diminuição do terrorismo de matriz islâmica. Num mundo acompanhado por uma permanente evolução, consubstanciado num espírito de união e cooperação da comunidade internacional, poderá perspetivar-se uma necessária aliança das civilizações, fundamental para se atingir uma desejável e permanente aproximação étnica, racial, religiosa e cultural, tal como um entendimento político-ideológico, económico e social.
- O ciberespaço como dimensão de segurançaPublication . Aparício, Marcelo; Balão, Sandra; Rocha, LuísNum mundo cada vez mais dependente do uso tecnológico, o ciberespaço constitui um dos maiores desafios da atualidade a nível social, económico, político, cultural, tecnológico e militar, razões que justificam a sua “classificação” como um domínio de influência na esfera das Relações Internacionais. O aumento do uso da internet e do número de dispositivos que a esta podem aceder veio transformar o modo de funcionar do mundo, criando inúmeras oportunidades mas permitindo, ao mesmo tempo, o aparecimento de ameaças reais e preocupantes - que afetam tanto a privacidade e segurança do cidadão comum, como as infraestruturas críticas de um Estado. A emergência de ciberataques como o da Estónia em 2007 ou da Geórgia em 2008 vieram demonstrar a necessidade de um investimento e desenvolvimento de capacidades de ciberdefesa e cibersegurança mas, também, a carência de documentos estratégicos e políticos sobre o domínio do ciberespaço. Organizações Internacionais como a ONU, a NATO, e a UE têm vindo a desenvolver as suas capacidades de ciberdefesa para poderem dar resposta às ameaças emergentes do ciberespaço. No entanto, realçam a importância de que este mesmo tipo de iniciativas seja levado a cabo por parte dos seus Estados Membros a título individual, além de que também é imprescindível assegurar a cooperação entre eles para que seja possível atingir o sucesso perante este desafio. De facto, algo que o ciberataque contra a Geórgia veio revelar é a capacidade existente de coordenar o domínio “ciber” com os outros domínios de operações militares tradicionais, levando assim à possibilidade de uma ciberguerra ser despoletada ou, mesmo, de se invocar o artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte. Neste sentido, torna-se imperativo abordar o ciberespaço como o domínio operacional que é, promovendo medidas de ciberdefesa e cibersegurança nas principais Organizações Internacionais e nos seus Estados Membros, neste cenário atual de dependência tecnológica em que vivemos e que o Homem, graças ao saber e conhecimento, projetou para o século XXI.
- Desafios geopolíticos no Médio Oriente e Norte de ÁfricaPublication . Mendes, João; Saraiva, Maria; Rocha, LuísEm pleno século XXI, a região do Médio Oriente e Norte de África consta como um dos grandes desafios e ameaças para a segurança e estabilidade global. Detentora das maiores reservas energéticas do mundo, a estabilidade na região é essencial para a economia mundial. O passado histórico colonial e a influência internacional encontram-se bem presentes no «outro lado» do Mediterrâneo, mostrando os maiores índices autoritários em relação a qualquer outra região do globo. Simultaneamente, a corrente liberal, que impera na comunidade internacional, apela por uma ordem mundial democrática que exige o respeito e a igualdade de direitos para todos os cidadãos. Numa época em que o paradigma liberal da sociedade internacional tenta romper pelos costumes tradicionais e iliberais das sociedades locais dizimadas por conflitos, a construção de paz dos últimos anos não tem sido materializada com o sucesso pretendido devido a uma multiplicidade de fatores. Como alternativa concetual à intervenção da comunidade internacional, surge o conceito de hibridismo, tentando fornecer um novo paradigma nas relações entre atores externos e locais, de modo a aproximar as perspetivas liberais e iliberais para atingir um processo de paz a aplicar numa determinada sociedade. Fruto do que é a História do Médio Oriente e Norte de África e dos fracassos das intervenções Ocidentais na região, a solução para uma paz sustentável necessita primeiro de ser legítima aos olhos da população. Nesta ótica, os intervenientes externos não se podem iludir por falsas esperanças e devem abraçar a realidade encontrada no terreno de modo a atingir resultados positivos. A construção de paz não pode ser considerada como um molde definido e pronto a aplicar em qualquer região. A especificidade e diversidade de cada cultura impede uma aproximação universal, sendo que se torna imperativo uma resolução híbrida que resulta da negociação e contestação dos moldes liberais e iliberais.