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- Nível de independência nos autocuidados: um estudo de caraterização da população alvo de cuidados no Hospital das Forças Armadas - Pólo PortoPublication . Silva, Hugo Rogério Pedroto Conde; Gouveia, Bruna Raquel Figueira Ornelas deEnquadramento: As mudanças sociais e políticas ocorridas na última década têm levado a fenómenos de envelhecimento da população e mudança no perfil das doenças mais prevalentes. Neste contexto, sobressaem questões relacionadas com a independência nos autocuidados. Objetivos: Caraterizar a população alvo de cuidados em relação a variáveis sociodemográficas e de saúde e descrever o seu nível de independência no autocuidado. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e recorrendo a uma amostragem não probabilística. Participaram neste estudo 82 pessoas com assistência no Hospital das Forças Armadas - Pólo Porto. A recolha de dados foi feita através de um questionário de caraterização sociodemográfica e de saúde e o Índice de Barthel. Resultados: A idade média dos participantes foi 68,12 anos (DP=17,93), sendo maioritariamente do sexo masculino (63,4%). A maioria é caracterizada por: nível educacional até o 1º ciclo (45,1%), estado civil casado ou em união de facto (67,1%) e reformados (67,1%), residência em domicílio (91,5%), principalmente no Porto (28%). A existência de cuidador informal foi confirmada em 41,5% dos casos e o tipo de ajuda mais frequente é a gestão da medicação (94,1%). A pontuação média do índice de Barthel foi de 85,91. Segundo os pontos de corte de Sequeira (2010), a maioria foi classificada como independente (67,1%; 𝑋=96,27), seguida por ligeiramente dependente (22,0%; 𝑋 =71,94) e moderadamente dependente (11,0%; 𝑋=50,56). O nível de independência, por domínio de autocuidado, mostrou que a maioria dos participantes eram independentes, com destaque para o controlo intestinal (89,0%) e alimentação (87,8%). Conclusão: Considerando o âmbito de intervenção do EEER, designadamente na promoção da independência, os resultados do presente estudo sugerem a existência de um espaço de intervenção destes profissionais de saúde no HFAR-PP, com potenciais ganhos e impacto relevante na saúde da população alvo de cuidados.
- Uso de anticorpos monoclonais em animais de companhiaPublication . Blanc, Solène Alice Marie; Vilhena, Hugo Corte-RealA aplicação clínica dos anticorpos monoclonais tem sofrido uma expansão nos últimos anos, nomeadamente na área da oncologia, onde a sua utilização é tão importante como a cirurgia, os fármacos citotóxicos, e a radioterapia. Apesar do desenvolvimento de anticorpos monoclonais em medicina humana, os laboratórios são mais reticentes em investir no desenvolvimento de terapias com anticorpos monoclonais para animais de companhia. Atualmente, estão disponíveis no mercado veterinário europeu três anticorpos monoclonais que apresentam elevada eficácia e segurança. O primeiro é o lokivetmab (Cytopoint®) que tem uma aplicação no prurido. Mais recentemente, dois anticorpos monoclonais com alvo na dor decorrente da artrose foram introduzidos: o bedinvetmab (Librela®) para os cães e o frunevetmab (Solensia®) para os gatos. Este documento tem como objetivo fazer uma revisão sobre anticorpos monoclonais em medicina veterinária, e das suas aplicações clínicas, nomeadamente das já existentes em medicina veterinária e dos fármacos em estudo. Esta análise também descreve o potencial das terapias por anticorpos monoclonais numa perspetiva One Health através da sua potencial contribuição para a redução da administração de antimicrobianos. Esta revisão também destaca a falta de estudos relativos à inocuidade e à dificuldade na investigação destas moléculas em medicina veterinária por motivos económicos, apesar do seu crescimento recente devido aos avanços nas técnicas de síntese, nomeadamente com a “PETisação” dos anticorpos monoclonais.
- Estudo retrospetivo do tratamento Queratite imunomediada em equinos com implantes episcerais de libertação prolongada de ciclosporina com matriz de siliconePublication . Bruneel, Emma Thérèse Marie; Santos, Ana Rita CaseiroIntrodução: Na área da oftalmologia equina, a queratite imunomediada é classificada como uma queratite não ulcerativa crónica, que decorre por um período superior a três meses, sendo que o seu perfil epidemiológico e terapêutico são ainda temas pouco explorados na literatura. Objetivos: Especificar as características epidemiológicas, clínicas e terapêuticas da queratite imunomediada, e em particular descrever o uso de dispositivos episclerais de libertação prolongada de ciclosporina A em silicone, a fim de avaliar a segurança e eficácia no controlo da inflamação a curto prazo. Métodos: Estudo retrospetivo. Foram utilizados implantes episclerais de libertação de ciclosporina com matriz de silicone. Resultados: Foram incluídos 28 equídeos, divididos em quatro grupos com base na profundidade da lesão na córnea: epitelial, estromal superficial, estromal média e endotelial. Observou-se uma predominância de apresentação de lesão estromal superficial. A população do estudo apresentava idade média no momento dos primeiros sintomas de 12 ± 6,3 anos e era composta por uma maioria de fêmeas. Dos equinos que receberam implantes (em média 3,4 por olho), estes foram bem tolerados. A curto prazo, todos os casos de queratite epitelial (3/3) e a maioria dos casos de queratite estromal superficial (4/7) foram bem controlados com os implantes (acompanhamento médio de 529,7 e 177,1 dias respetivamente). Nos casos de queratite estromal média, não foi observado o sucesso terapêutico desejado. Conclusões: Este estudo mostra que os implantes libertadores de ciclosporina A foram bem tolerados e que são potencialmente eficazes no tratamento de queratite imunomediada epitelial e estromal superficial a curto prazo em equinos. No entanto, são necessários estudos mais abrangentes com amostra maior e período de estudo mais longo para avaliar a eficácia a longo prazo e a duração dos seus efeitos.
- Neonatologia e pediatria em psitaciformesPublication . Camões, Manuel Francisco Cortez; Kanoun-Boulé, MyriamOs psitaciformes são um dos grupos de aves mais diversos e ameaçados do mundo. A sua preservação na natureza e a redução da pressão sobre as populações selvagens poderão passar pela melhoria nas técnicas de reprodução assistida. Sendo animais altriciais os psitaciformes exibem uma grande dependência e vulnerabilidade nas primeiras fases de vida o que implica um considerável investimento em equipamentos, e conhecimentos muito diferenciados, sobretudo no setor da incubação e da cria assistidas. Estes setores requerem protocolos de biossegurança rigorosos e variáveis físicas ambientais parametrizadas. A capacidade de monitorizar o desenvolvimento do embrião no ovo e reconhecer precocemente alterações ao desenvolvimento normal é parte crucial do processo de incubação assistida. O setor da cria, por seu lado, exige adicionalmente pessoal experiente e amplo conhecimento do comportamento e dieta naturais das espécies. Nesta fase de desenvolvimento tão sensível o exame físico rigoroso e o reconhecimento dos principais sinais clínicos são de suma importância para o cuidado do paciente pediátrico.
