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- Slow tourism no desenvolvimento dos territórios de baixa densidadePublication . Marques, Ana Mafalda da Conceição; Reis, João António dosEsta dissertação incide sobre o slow tourism em territórios de baixa densidade na NUTS III - Beiras e Serra da Estrela e pretende demonstrar como as aldeias deste território, espaços genuínos e autênticos, se podem afirmar como destinos turísticos. Sendo um território pouco atrativo para quem nele habita, possui todos os atributos que o slow tourist procura e valoriza. Nesse sentido, descreve-se um território que, sendo um dos mais ricos em património cultural e natural, tem também associadas muitas fragilidades inerentes à baixa densidade, que devem ser seriamente equacionadas. Trata-se de uma investigação direcionada para o slow tourist que desconhece o território em análise e para o residente desmoralizado perante o desinvestimento na região, que implicou a sua transmutação num espaço vulnerável. Desse modo, pretende-se que este residente, ao ter contato direto com um turista que valoriza, que respeita as diferenças e deseja entender a paisagem que contempla, volte a redescobrir o seu território e o entusiamo de viver nele, relembrando-se das razões pelas quais o escolheu. Na pesquisa empírica foram inquiridos os seguintes stakeholders, através de entrevistas estruturadas e semiestruturadas: Associação de Transumância e Natureza, Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, Associação de Desenvolvimento das Aldeias Históricas, Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias de Montanha, unidades de alojamento, escolhidas criteriosamente em função da sua relevância para o tema em estudo (Quinta de Pêro Martins, Natura Glamping e A Queijaria), alguns restaurantes distribuídos pelos concelhos desta NUTS III (O Brasão, Fio de Azeite Taberna, Taberna do Alcaide, A Cerca, A Pedra do Lagar e os restaurantes do Palace Hotel&SPA Termas de São Miguel, Inatel Manteigas e Longroiva Hotel Rural&Termal SPA) , uma empresa de Animação Turística (Beltour), algumas estâncias termais (o Palace Hotel&SPA Termas de São Miguel, as Termas Caldas de Manteigas, as Termas Longroiva Hotel Rural&Termal SPA e as Termas de Almeida Fonte Santa), bem como 37 residentes distribuídos pelos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, Gouveia, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal e Seia. Pretendeu-se analisar a existência de oferta turística adequada a este nicho de mercado e averiguar de que forma a população local iria desempenhar o seu papel no acolhimento. Foi realizado um Estudo de Caso no Chão do Rio - Turismo de Aldeia e foi efetuado um benchmarking internacional em Itália, de forma a aferir qual a solução encontrada pelas aldeias em Itália que se deparam com problemas análogos. Estas aldeias também procuram o seu lugar xi no século XXI, mantendo-se vivas e autênticas e, como tal, identificaram um nicho de mercado que valoriza essa mesma autenticidade e procura viver a vida na aldeia tal como ela é. Nesse seguimento, reuniram todos os esforços para o atrair, porque sabem que juntas são um destino turístico de eleição para este e não têm que mudar a essência original da aldeia para o fazer. Concluiu-se que a NUTS III – Beiras e Serra da Estrela apresenta as fragilidades inerentes à baixa densidade e os poucos residentes que teimosamente resistem ao chamamento urbano, admitem que o território carece de muitas melhorias e não veem o turismo como a resposta imediata para todos os problemas que o afetam, no entanto, são exímios no acolhimento aos visitantes e quando interpelados são os melhores anfitriões que se pode ter. Por outro lado, a singularidade do território e todos os recursos turísticos associados tornam-no num território aprazível para os slow tourists, que, atendendo às suas características, gostam dele tal como é, entendem e valorizam as diferenças, tornando-se habitantes temporários dos locais onde se integram, sendo as suas histórias de viagem uma soma de momentos inesquecíveis, alguns deles resultantes de obstáculos partilhados e superados juntamente com os residentes. Um território maravilhoso que conquista o slow tourist, desde que este tenha uma abertura para experiências novas e diferentes, não rejeitando à priori o que desconhece, sem lhe dar uma oportunidade.
- Conceções de Encarregados de Educação e Educadores de Infância sobre a Importância de Matemática na Educação Pré-escolarPublication . Carvalho, Inês; Machado, RicardoInvestigação recente sobre a aprendizagem das crianças em idade pré-escolar tem demonstrado a importância das primeiras experiências com a matemática. Um ambiente que promova o contacto com a matemática, em atividades simples do dia-a-dia, como jogos, brincadeiras e atividades lúdicas, tanto na escola como em casa, com a família, é fundamental para que criança desenvolva a sua confiança, curiosidade, imaginação e persistência, contribuindo também para o seu futuro sucesso, académico e profissional. O objetivo geral do estudo é analisar as atitudes relativas à matemática, dos educadores de infâncias e dos encarregados de educação, com crianças em idade pré-escolar, e interpretar as suas conceções sobre os diferentes aspetos relativos à educação matemática. Assumimos um paradigma interpretativo e um design de estudo de caso. Como instrumentos de recolha de dados foram utilizados dois questionários: um aplicado a 118 educadores de infância e outro a 108 encarregados de educação. Os resultados relativos às conceções dos educadores de infância sobre a educação matemática no pré-escolar demonstram que estes valorizam, de forma geral, que a educação da matemática se deve iniciar no pré-escolar e que as crianças devem ser motivadas a trabalhar a matemática. Por outro lado, os encarregados de educação, no geral, embora não excluam a possibilidade de trabalhar a matemática no pré-escolar, consideram que essa será uma responsabilidade maioritariamente dos professores do 1º ciclo, e não dos educadores de infância. O estudo permitiu concluir que as conceções dos educadores de infância e dos encarregados de educação não são concordantes, existindo um longo caminho a percorrer na mudança de mentalidades face à abordagem da matemática na educação pré-escolar, destacando-se a importância de uma maior interligação entre a escola, educadores e famílias.
- A importância dos materiais manipuláveis para o desenvolvimento do sentido do número num grupo do pré-escolarPublication . Machado, Mónica; Machado, RicardoAtualmente, conhecer e saber colocar em ação os conhecimentos sobre os números e operações assume muita importância. Contudo, esse conhecimento deve estar relacionado com uma compreensão global dos números e operações, que surge em diversos contextos. Desta forma, podemos afirmar que desenvolver o sentido do número nunca foi mais proeminente como agora. Assim, o desenvolvimento dessa competência deve ser trabalhado logo desde os primeiros anos, e em especial, na educação pré-escolar. Por outro lado, e uma vez que se trata de crianças, a utilização de material manipulável assume-se como um elemento essencial e fundamental quando se pretende que se promovam aprendizagens com compreensão, uma vez que permite, de forma lúdica, apelativa e motivante para as crianças, apropriar conhecimentos matemáticos e desenvolver capacidades e competências (matemáticas). Desta forma, sentiu-se a necessidade de elaborar tarefas matemáticas que promovessem a utilização de materiais manipuláveis com a finalidade de motivar e envolver as crianças na atividade matemática. Esta investigação insere-se num paradigma interpretativo, na medida em que se pretende compreender o papel dos materiais manipuláveis no desenvolvimento do sentido do número num grupo de crianças da educação pré-escolar, através das formas de atuação dos participantes envolvidos. Este trabalho foi desenvolvido através de uma investigação-ação, tendo como participantes um grupo de 23 crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 6 anos. Como instrumentos de recolha de dados recorremos à observação, ao diário de bordo da educadora/investigadora, a conversas informais e à recolha documental. Em relação aos resultados, foi notório perceber o interesse do grupo em realizar todas as tarefas, mostrando-se motivados e envolvidos na realização das mesmas, conseguindo alcançar conhecimentos matemáticos, nomeadamente relativos ao desenvolvimento do sentido do número.