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- A Aquisição de Objetivos nos Teatros de Operações ContemporâneosPublication . Peralta, AfonsoO presente trabalho tem como principal objetivo caracterizar a forma como é efetuada a Aquisição de Objetivos nos Teatros de Operações contemporâneos, designadamente as técnicas, táticas e procedimentos inerentes à atuação destas unidades e os equipamentos em uso, bem como, qual a capacidade da Artilharia portuguesa vir um dia a integrar, com a vertente de Aquisição de Objetivos, uma Força Nacional Destacada. A Aquisição de Objetivos visa a deteção, localização e a identificação de objetivos terrestres com a oportunidade, precisão e o pormenor suficientes para permitir o seu ataque com fogos eficazes ou para orientar outros meios/órgãos de pesquisa de notícias, contribuindo, dessa forma, para que um Comandante consiga atingir o objetivo a que se propôs. Numa primeira fase, após um enquadramento geral, procura-se caracterizar o ambiente operacional vivido pelas forças nos TO em estudo, Iraque e Afeganistão, através da análise das Técnicas, Táticas e Procedimentos utilizadas pelos insurgentes para fazer face às forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte, chegando-se à conclusão de que se trata de um ambiente assimétrico onde a ameaça pode surgir de qualquer lugar e a qualquer momento e onde as Técnicas, Táticas e Procedimentos são variadas, destacandose no entanto o uso de Improvised Explosive Device nas suas variadas formas. Numa segunda fase, efetua-se um estudo acerca da organização das unidades de Aquisição de Objetivos do Exército Americano e das Técnicas, Táticas e Procedimentos que utilizam para fazer face ao novo tipo de ameaça que enfrentam, concluindo-se que o exercito dos Estados Unidos optou por uma organização modular das suas brigadas, decidindo integrar a Aquisição de Objetivos numa Brigada de Artilharia de Campanha (Fires Brigade), responsável por todo o apoio de fogos dentro da sua zona de ação/setor. Relativamente às Técnicas, Táticas e Procedimentos usadas nestes Teatros de Operações, conclui-se que a nível dos radares existe uma complementaridade entre materiais, em que os mais recentes possibilitam uma localização a 360º, mas com um alcance limitado, sendo essa limitação colmatada pelos materiais mais antigos e pensados inicialmente para o combate convencional. A nível dos Unmanned Aerial Vehicle, conclui-se que, nos Teatros de Operações em estudo, é um equipamento imprescindível na recolha de informação e Aquisição de Objetivos, desde o nível estratégico ao tático. Numa terceira fase, efetua-se o estudo da capacidade de Aquisição de Objetivos do Exercito Português, analisando-se as capacidades da Bateria de Aquisição de Objetivos. Posteriormente, efetua-se um estudo acerca dos equipamentos que poderão ser adquiridos para reequipar o Exército e a Artilharia Portuguesa no âmbito na Aquisição de Objetivos, destacando-se na componente radar, o radar COBRA e ARTHUR e o RQ-5B HUNTER ou Searcher MKII como Low Alitude Medium Endurance. Depois de se efetuar uma análise e discussão dos resultados obtidos, apresentam-se as conclusões resultantes desta investigação, no sentido de dar resposta à questão central levantada, destacando-se a necessidade de reequipar o Pelotão Radar de Localização de Armas e o Pelotão Radar Localização de Alvos Móveis, para que estes adquiram as capacidades decorrentes das Capability Statements das Force Proposal 2008, faltando ainda levantar tanto a nível de material como de recursos humanos, as capacidades em termos de Unmanned Aerial Vehicle.
- Caracterização e análise das tabelas de treino físico na Academia MilitarPublication . Preto, BrunoEste trabalho tem como objetivo fazer uma breve análise às tabelas de avaliação de treino físico, que estão atualmente em vigor na Academia Militar, de modo a verificar se os valores nelas praticadas são adequados às condições fisiológicas dos alunos, tendo em conta determinados fatores intrínsecos. Na Academia Militar, instituição militar onde se formam os futuros Oficiais do Quadro Permanente do Exército e da Guarda Nacional Republicana, o treino físico é fundamental pois, para além de conferir aos alunos o gosto pela prática regular de exercícios físicos e a aptidão física necessária para o cumprimento das missões que lhe serão atribuídas, também vai permitir incutir noções teórico-práticas de nível superior, para que, no futuro, os alunos possam desempenhar funções de instrutor no âmbito da Educação Física Militar. Nesta instituição existe a Unidade Curricular (UC) de Educação Física e Desportos, que se encontra dividida em dois módulos: o Treino Físico Base e o Treino Físico de Aplicação Militar. Em cada um destes módulos, os alunos são submetidos à avaliação de diversas provas físicas e é-lhes exigido a obtenção de uma classificação mínima, de acordo com as tabelas de avaliação específicas de cada prova física, para que no final obtenham aproveitamento na UC. No Treino Físico Base são avaliados no cooper, 80 metros, abdominais, extensões de braços no solo, flexões de braços na trave e a natação e no Treino Físico de Aplicação Militar são avaliados em Marcor, natação militar, pista de obstáculos de 200 metros sem arma, pista de obstáculos de 350 metros sem arma, pista de obstáculos de 500 metros sem arma, pista molhada sem arma e pista “triatlo AM”. O desempenho físico dos alunos nestas avaliações é condicionado por fatores intrínsecos idade, género, composição corporal) e extrínsecos (clima, terreno). Os fatores intrínsecos são os que requerem mais atenção, uma vez que são inerentes ao indivíduo e, independentemente de tudo, estes vão sempre interferir com o seu desempenho físico. Dentro deste contexto, pretende-se com este trabalho fazer uma breve análise às tabelas de avaliação de treino físico, que estão atualmente em vigor na Academia Militar, de modo a verificar se os valores nelas praticadas são adequados às condições fisiológicas dos alunos, tendo em conta determinados fatores intrínsecos. Sendo assim, a população-alvo, sobre a qual este estudo incidirá, é um conjunto de alunos da Academia Militar, tendo como base os resultados de cada um, nas diferentes avaliações físicas, ao longo dos quatro anos de curso. Este estudo veio a constatar que, tendo em conta os resultados dos alunos nas várias provas físicas, grande parte das tabelas de classificação praticadas na AM está adequada aos alunos e foram criadas tendo em consideração determinados fatores limitantes do desempenho físico. No entanto, verifica-se que nas tabelas de avaliação de algumas provas físicas é necessário fazer ligeiros ajustes aos valores, como por exemplo, na tabela de classificação das extensões de braços no solo dos alunos masculinos e na pista de obstáculos de 500 metros sem arma.
- O Curso de Precursores Aeroterrestres: Fatores Motivacionais para o VoluntariadoPublication . da Silva, FranciscoA Companhia de Precursores Aeroterrestres enfrenta, na atualidade, uma enorme dificuldade em combater o défice de pessoal, similarmente às Unidades Paraquedistas, Brigada de Reação Rápida, ou mesmo ao Exército em geral. Identificar os fatores motivacionais que atraem os voluntários, de forma a incrementar as inscrições nos cursos será um passo fulcral para a sobrevivência da Companhia de Precursores Aeroterrestres em particular, e globalmente para a sobrevivência da Instituição Castrense. A presente investigação trata pois de identificar e analisar os fatores motivacionais que balanceiam o voluntariado no sentido de concorrer ao Curso de (Auxiliar) Precursor Aeroterrestre. Este estudo pretende ser a base para futuras investigações no sentido de desenvolver medidas concretas para dar uma maior visibilidade aos aspetos que mais cativam os militares e por outro lado corrigir os aspetos que mais afetam o interesse dos mesmos. São pois duas as vertentes de desenvolvimento do presente trabalho: em primeiro lugar analisar os fatores motivacionais mais importantes para os militares de forma a aprimorar os aspetos atrativos e eliminar os aspetos negativos; e por outro lado, aplicar o presente estudo a realidades mais abrangentes, nas diferentes unidades paraquedistas, nas unidades de tropas especiais, Comandos e Operações Especiais, ou mesmo na Brigada de Reação Rápida como um todo. Este estudo encetou primeiramente por uma fase teórica, de pesquisa bibliográfica e análise documental, complementada por entrevistas exploratórias aplicadas a diferentes especialistas na matéria, de forma a identificar claramente quais os fatores motivacionais mais pertinentes para esta realidade particular que são os Precursores Aeroterrestres. Subsequentemente, tendo então as bases teóricas que permitem partir para o trabalho de campo, a investigação passou pela conceção de um inquérito sob a forma de questionário e sua aplicação a uma amostra representativa, englobando militares da Brigada de Reação Rápida, em condições de concorrer ao Curso de (Auxiliar) Precursor Aeroterrestre e ainda por militares em formação, das categorias de oficiais, sargentos e praças do Exército Português, todos eles nas mesmas condições. Entre os resultados mais significativos destaque para a grande similitude de perceções entre as três categorias da hierarquia militar, no que concerne aos diferentes fatores motivacionais. Tal facto não se verifica quando se constituem as subamostras tendo por base as diferentes unidades de colocação dos militares paraquedistas e dos militares em formação. Neste caso concreto, averiguam-se diferenças significativas entre as perceções dos militares da Escola de Tropas Paraquedistas e dos militares das demais unidades. Entre as principais conclusões de notar o cumprimento por parte da Companhia de Precursores Aeroterrestres ao nível dos fatores motivacionais em geral, salientando-se o desejo de responsabilidade por parte dos militares o qual é correspondido em 80,7%, fruto, sobretudo, da natureza das missões a si incumbidas. De entre os fatores extrínsecos destacam-se as condições de trabalho satisfeitas em 74,4%, resultando sobretudo da boa perceção dos militares face ao material, equipamento e armamento à disposição dos Precursores Aeroterrestres.