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- Do contrato colectivo de trabalho ao acordo negocial interno: complementaridades e condiçõesPublication . Fernandes, Paulo; Almeida, António José; Cordeiro, João Pedro PinaAs relações laborais em Portugal têm vindo a ser marcadas por um conjunto de bloqueios resultantes da alteração da relação de forças entre capital e trabalho. Desses bloqueios, um dos mais significativos tem estado associado ao reduzido grau de eficácia dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho há muito ultrapassados pelas práticas de gestão de recursos humanos adoptadas pelas empresas e “toleradas” pela sociedade. Daqui tem decorrido uma certa incapacidade dos actores da negociação colectiva em (re)construir um novo compromisso entre capital e trabalho, o que abriu caminho a um conjunto de reformas, mais ou menos consensuais, do enquadramento legal que regula o sistema de relações de trabalho, as quais visam a crescente descentralização dos níveis de negociação. É neste contexto que, no âmbito de um projecto de investigação em curso sobre a reinvenção da negociação e da representação colectiva dos trabalhadores em Portugal, procuramos dar conta da evolução dos conteúdos da negociação colectiva no sector automóvel e da articulação desses conteúdos com a negociação ao nível da empresa traduzida naquilo que alguns autores têm vindo a designar por acordos negociais internos.
- Gestão estratégica de quadros: as «práticas de trabalho de elevado desempenho»Publication . Cordeiro, João Pedro PinaEsta comunicação reflecte sobre a gestão estratégica de quadros. O objectivo geral do estudo é analisar as inter- relações entre as «práticas de trabalho de elevado desempenho» (Becker, Huselid, Ulrich, 2001; Pil e MacDuffie, 1996) e as estratégias empresariais. O objecto central do estudo são as empresas do sector de componentes para automóvel, nomeadamente os seus quadros superiores (QS). A técnica de investigação utilizada foi o inquérito por questionário, ao qual responderam 72 empresas do sector de componentes para automóvel. Os resultados indicam que a diferente conjugação das dimensões definidoras da gestão estratégica de quadros (participação/acesso à informação, segurança no emprego, formação profissional, gestão de carreiras e gestão das remunerações), está na base de dois modelos contrastantes, a saber: um que inclui as empresas com estratégia assente na “inovação” e na “qualidade” e outro que inclui as empresas com estratégia assente nos “baixos custos”. Concluímos que as empresas, ao possuírem diferentes estratégias de negócio, possuem também diferentes formas de preconizar essas mesmas estratégias, as quais sustentam e são sustentadas por diferentes práticas de trabalho de elevado desempenho, num processo de retroalimentação mútua. Este estudo contribui para uma melhor compreensão da teoria envolvendo as estratégias empresariais e a gestão de quadros, permitindo aprofundar a compreensão sobre as práticas de trabalho de elevado desempenho e aperfeiçoar o processo de planeamento dos sistemas de gestão de quadros nas empresas.