Browsing by Author "Vaz de Almeida, Cristina"
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- Contributos da biblioterapia para o bem-estar: um estudo de casoPublication . Pinto, Alexandra; Vaz de Almeida, CristinaIntrodução: A biblioterapia pretende, através da leitura de livros de ficção ou de autoajuda, individualmente ou em grupo, facultar uma experiência saudável ou permitir um desenvolvimento pessoal, em qualquer idade do ciclo vital, com vertentes preventiva, promotora de bem-estar e terapêutica. A biblioterapia é um processo interativo, numa integração bem-sucedida de sentimentos, valores e ações, visando um processo harmónico e equilibrado de crescimento e desenvolvimento pessoal. Para uma seleção adequada dos textos que servem de base à leitura terapêutica, o género narrativo da literatura parece mais viável ao leitor para encontrar uma projeção íntima de si nas personagens que vivem nestes textos, tendo em conta as particularidades de cada pessoa. O bem-estar tem uma perspetiva holística, num conceito global de saúde, através do bem-estar físico, social, mental, cultural e espiritual, sendo alcançado na cooperação de várias áreas do conhecimento onde a biblioterapia tem potencialidade para colaborar no desenvolvimento e equilíbrio do ser humano. Objetivos: Compreender a importância da biblioterapia na sua vertente de desenvolvimento pessoal e o contributo do bibliotecário para assegurar o bem-estar do indivíduo através da leitura. Debate- se a expressão «biblioterapeuta» e «facilitador», bem como a função do bibliotecário que apoia na interação com os livros, presta ajuda informacional, orienta e guia na leitura. Estudo do Projeto «Voluntários da Leitura», um projeto que visa a promoção da leitura para pessoas idosas em Lares/Centros de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), onde as bibliotecárias fazem sessões de leitura em voz alta de um texto, destinando 30 minutos para a leitura e outros 30 minutos na obtenção de feedback, através da partilha de opiniões entre o grupo de idosos. Método: Estudo qualitativo, exploratório, com amostra de conveniência, por observação, com aplicação de um breve questionário de satisfação onde se avalia a compreensão e as emoções das pessoas de quatro equipamentos da SCML (dois lares e dois centros de dia) e a realização de uma entrevista em profundidade à bibliotecária/biblioterapeuta/facilitadora. Resultados: A avaliação através da observação e relato de uma sessão de biblioterapia efetuada por uma bibliotecária num dos lares da SCML demonstraram que os resultados deste projeto têm sido positivos nos seguintes aspetos: agrado geral da experiência, enriquecimento cultural, desenvolvimento pessoal e sensação de bem-estar. Conclusão: Na biblioterapia do desenvolvimento considera-se que o livro contribui para o tratamento terapêutico, sendo exterior ao leitor. A terapia ocorre pelo próprio texto, com diferentes interpretações pelos diferentes sujeitos. A biblioterapia surge para os bibliotecários como uma área emergente e transversal de intervenção da biblioteconomia, podendo ser aplicada em variados tipos de utilizadores, especialmente em pessoas idosas e/ou fragilizadas, contribuindo para o bem-estar, humanização e harmonia destes seres humanos.
- A importância da linguagem para a melhoria da literacia em saúdePublication . Vaz de Almeida, CristinaIntrodução – A linguagem é um veículo que permite uma interação dinâmica nos processos de comunicação e de melhoria da literacia em saúde do cidadão. Melhorar o processo de linguagem das pessoas menos literadas beneficia os resultados. Existem evidências de que há categorias sociais em que mais de 60% dos indivíduos registam níveis de literacia limitados de nível «problemático» ou «inadequado». É possível destacar os seguintes grupos: indivíduos com 66 ou mais anos; com baixos níveis de escolaridade; com rendimentos até € 500,00; com doenças prolongadas; com uma autoperceção de saúde «má»; que frequentaram no último ano seis ou mais vezes os cuidados de saúde primários; que se sentem limitados por terem alguma doença crónica. Objetivos – O artigo visa demonstrar os diferentes processos de assimilação da linguagem, desde o processo lógico até ao processo de inferência e as diferenças entre os bons e os maus leitores. Método – Revisão sistemática de literatura associada a linguagem, a literacia e a literacia em saúde. Resultados – Comprova-se pelos estudos analisados que as pessoas que são menos literadas ativam diferentes partes do cérebro e não fazem as mesmas inferências que as pessoas mais literadas. Estudos quantitativos sucessivos, suportados por imagens cerebrais (PET, com repetição de medições do circuito do sangue cerebral) comprovam a existência de diferentes processos de compreensão e repetição de palavras entre sujeitos letrados e iletrados. Discussão e Conclusões – O processo de aprendizagem de leitura é essencial para as pessoas desenvolverem os seus processos de inferência e de compreensão de linguagem. As pessoas menos literadas não conseguem compreender um texto da mesma forma que as pessoas mais literadas, inclusivamente não fazem categorias por associação de palavras e, se existirem palavras que não compreendem, saltam essas palavras, havendo assim um risco acrescido na compreensão da informação e colocando em risco a sua saúde, no caso da necessidade de se pôr em prática o seu nível de literacia em saúde. Dos resultados obtidos, os verdadeiros «iletrados» têm um desempenho mais pobre e não ativam as mesmas estruturas neurais que os indivíduos literados. Os autores realçam a problemática das pessoas que, apesar da escolaridade (sabem ler ou escrever), diminuem essas capacidades pela falta de uso.
- Literacia em saúde e capacitação dos profissionais de saúde: o modelo de comunicação em saúde ACPPublication . Vaz de Almeida, CristinaIntrodução: A comunicação é uma condição sine qua non para o bem-estar da vida humana e para a ordem social e toda a comunicação afeta o comportamento humano, incluindo a saúde. A prática de boas competências de comunicação influi numa relação significativa e confiável entre os seus intervenientes, em concreto os profissionais de saúde e os seus pacientes. Os modelos de comunicação em saúde não se centram especificamente no conteúdo das competências de comunicação necessárias na relação terapêutica. Este estudo centra-se no contributo interdependente e agregado de competências de comunicação do modelo ACP – Assertividade, Clareza e Positividade. Objetivos: O contributo das competências de comunicação utilizadas no contexto da relação terapêutica pelos profissionais da área da saúde, concretamente médicos e enfermeiros, junto dos pacientes, potenciando a sua literacia em saúde. Métodos: O estudo transversal qualitativo integrou 14 focus group com profissionais de saúde e a aplicação de um questionário a 341 enfermeiros hospitalares e a 48 médicos de medicina geral e familiar sobre o desenvolvimento de competências de comunicação em saúde, em particular para validar o modelo de comunicação em saúde ACP, mais resumidamente designado por modelo ACP. Resultados: Os resultados demonstram uma forte convicção de todos os profissionais de saúde na necessidade de desenvolvimento de competências de comunicação entre os profissionais de saúde e, ao mesmo tempo, uma quase inexistência de formações e intervenções que lhes permitam aprender as técnicas de comunicação, em particular na relação interpessoal. O modelo ACP foi validado por todos os participantes dos focus group, reforçado pelo Questionário Q-COM – LIT, que resultou numa clara confirmação da importância destas competências de comunicação em saúde ao longo da relação terapêutica. Conclusão: As guidelines de suporte aos profissionais de saúde, em particular em competências de comunicação em saúde, consubstanciadas no modelo ACP permitem-lhes uma melhoria das suas competências.
- Literacia em saúde em faixas etárias mais jovens: perceções sobre cuidados com a saúdePublication . Nunes, Cecília; Vaz de Almeida, CristinaIntrodução: Os jovens estão a usar cada vez mais as plataformas digitais para diversos fins, incluindo aspetos de saúde, mas não são lineares as respostas, sobre se consideram ou não importantes as informações sobre saúde. Objetivos: Estudo exploratório com 51 indivíduos, de 17 a 25 anos, para verificar a sua perceção sobre as questões relacionadas com a saúde. Métodos: Para este estudo foi elaborado um inquérito questionário com 10 perguntas fechadas, distribuído via online na rede social Facebook, com uma amostra de 51 jovens adolescentes, do género masculino e feminino, universitários, com idades entre 17 e 25 anos, residentes na região da Grande Lisboa. Conclusões e relevância: Os resultados mostram que os jovens querem saber sobre a sua saúde, mas sentem que são eles próprios que devem fazer essa pesquisa. Por outro lado, a pesquisa de informação em saúde e o uso de competências demonstram uma falha no acesso a informação confiável/credível, assim como o processamento, a pesquisa e a compreensão dessa informação.
- A teoria da resolução dos problemas aplicada a idosos na prevenção da diabetes mellitus tipo 2 para promover a literacia em saúdePublication . Veiga, Ana; Vaz de Almeida, CristinaIntrodução: Nos últimos anos registou-se um aumento crescente da incidência e prevalência da diabetes mellitus tipo 2 que afeta já 415 milhões de pessoas no mundo, com previsão de subida para 642 milhões em 2040. Em Portugal mais de um milhão de pessoas sofre desta doença, com aumento da prevalência de 23% nas idades dos 65-74 anos. A literacia em saúde assume um papel determinante na gestão, controlo e prevenção da doença em geral. Objetivo: Descrever o nível de literacia em saúde a um grupo de idosos de um centro de dia da área de Lisboa e a associação aos conhecimentos insuficientes no campo das doenças crónicas, estilos de vida e aspetos educacionais, fazendo a ponte com a teoria de resolução de problemas de Kim e Grunig. Métodos: Estudo descritivo com amostra por conveniência. Recolheram-se os dados após consentimento informado dos idosos, através de um questionário, European Health Literacy Survey (HLS-EU-PT), traduzido e validado para Portugal. Conclusão: A baixa literacia em saúde está diretamente relacionada com os conhecimentos insuficientes no campo das doenças crónicas. Sendo que os estilos de vida estabelecem uma relação direta de causa e consequência com o desenvolvimento de doenças crónicas, é fundamental assegurar intervenções ajustadas à promoção da literacia direcionada às carências da população idosa. Constata-se que existem padrões alimentares que não seguem as orientações da DGS no que diz respeito ao PNSI. Uma intervenção na comunidade através de um programa estruturado de literacia em saúde que baixe os constrangimentos, aumente o conhecimento e a motivação para o aumento da atividade física e uma alimentação saudável tem efeitos significativos na saúde sobre os fatores de risco da diabetes.