Browsing by Author "Saraiva, Paula"
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- Implementação de serviços de referência para assistentes digitais pessoais (PDA’s) nas bibliotecas da saúdePublication . Saraiva, PaulaA necessidade por parte dos utilizadores das Bibliotecas de Saúde, de possuir informação com evidência científica, concisa e móvel no decorrer da sua prática clínica e académica diária, por forma a minimizar os erros de diagnóstico, tem constituído um grave problema para estes profissionais de saúde, que necessitam de ter junto de si uma biblioteca portátil 24 horas por dia. Os PDAs (Personal Digital Assistants), pela sua portabilidade e acessibilidade, poderão solucionar este problema, tendo vindo a ser introduzidos com êxito, os serviços para PDAs no seio das Bibliotecas de Saúde. Este estudo teve por objectivo contribuir para a implementação de novos serviços de referência de apoio à decisão dos utilizadores das Bibliotecas de Saúde em Portugal, com recurso aos PDAs, por forma a garantir-lhes autonomia e mobilidade nos seus locais de trabalho, indagando as bibliotecas de saúde portuguesas e europeias, sobre esta nova oportunidade de intervir no apoio aos seus utilizadores e averiguando que tipo de serviços estão dispostas a oferecer. A metodologia utilizada foi o inquérito por questionário, às Bibliotecas de Saúde Portuguesas e Europeias, assim como, entrevistas a utilizadores de PDAs em medicina. Concluiu-se, que a utilização dos PDAs em medicina é já um processo irreversível, sendo missão das Bibliotecas de Saúde Portuguesas, acompanhar a evolução destas tecnologias móveis, por forma a introduzi-las gradualmente, nos futuros serviços prestados aos seus utilizadores.
- Não há longe nem distância: os bibliotecários da saúde no mundo ehealthPublication . Saraiva, PaulaIntrodução: A eHealth tem vindo a ser uma área prioritária da World Health Organization (WHO) desde 2005 pelas potencialidades que evidencia nas suas quatro áreas chave (saúde móvel, telemedicina, sistemas de informação de saúde e eLearning), uma vez que promove a equidade e uma maior qualidade de vida das populações mais isoladas e em locais onde as infraestruturas físicas e humanas são escassas, evidenciando-se mais na fase pandémica COVID-19. Nos últimos anos, os profissionais de saúde têm aceitado o desafio de desenvolverem projetos de saúde aliados às novas tecnologias emergentes para darem resposta à distância, às necessidades de saúde dos seus pacientes e bem-estar das populações, no sentido de melhorar a saúde pública e combater as doenças e as epidemias. O HAITooL é disso exemplo e é uma ferramenta eHealth concebida no Instituto de Higiene e Medicina Tropical que ajuda na prescrição antibiótica e no combate aos riscos da resistência microbiana. Objetivo: É nosso objetivo apresentar algumas oportunidades de intervenção para os bibliotecários da saúde no domínio da eHealth, desenvolvimento de competências e participação em equipas multidisciplinares, propondo modelos colaborativos de proximidade com outros bibliotecários e com cidadãos. Discussão: Para os bibliotecários da saúde esta é também uma área emergente de atuação onde terão que desenvolver competências para integrarem estas equipas multidisciplinares e também eles darem contributo a vários níveis: i) no apoio à decisão através da recolha de informação e pesquisa de evidência científica que suporte os projetos em curso; ii) em projetos de literacia da saúde quer direcionados para os alunos e médicos, quer direcionados para os pacientes; iii) no apoio às infraestruturas digitais e informáticas de suporte ao projeto; iv) na elaboração de materiais de comunicação para os pacientes e cidadãos (folhetos, blogues, redes sociais); v) na dinamização de eventos em torno dos projetos e contacto com os públicos (competências de literacia e comunicação); vi) na gestão em proximidade das comunidades locais através de interlocutores locais – as bibliotecas escolares ou municipais. Neste último caso propomos um novo domínio de intervenção, a nível da colaboração prestada pelo bibliotecário de saúde, que apoiará na capacitação com ferramentais digitais específicas de saúde o seu congénere local na biblioteca municipal ou escolar, transferindo conhecimentos e competências de literacia em saúde para que este possa intervir junto das populações mais remotas e difíceis de alcançar e de modo a que este possa, assim, interceder localmente e em proximidade junto desses cidadãos, fazendo a ponte com a restante equipa à distância: médicos, bibliotecários de saúde e outros profissionais de saúde do projeto. Conclusão: A eHealth constitui uma oportunidade de desenvolvimento de competências tecnológicas e de literacia, mas permitirá também ao bibliotecário de saúde participar de um mundo mais global e sustentável através do trabalho de equipa, em colaboração com outros bibliotecários e em maior proximidade com o cidadão, num mundo mais equitativo, inclusivo onde o digital faz sentir cada vez mais que «Não há longe nem distância» quando se consegue chegar às pessoas, onde quer que estejam e, com eficácia, salvar vidas.
- Novos caminhos para as bibliotecas e bibliotecários de saúde : curadoria de dados, cloud e semânticaPublication . Saraiva, Paula; Quaresma, Paulo
- Sociologia da saúde e literacia digital : nova oportunidade de intervenção para as bibliotecas da saúdePublication . Saraiva, PaulaPodemos definir o conceito de Sociologia da Saúde como a disciplina que aplicando metodologias de investigação sociológica estuda a relação entre a saúde e os factores sociais que induzem os comportamentos dos indivíduos ou grupos quando expostos perante situações de doença e/ou qualidade de acesso aos cuidados de saúde. Neste domínio a National Library of Medicine (NLM) refere que as principais áreas de investigação incluem por exemplo a influência do género, etnicidade, idade ou estatuto sócio-económico no acesso aos cuidados de saúde bem como comportamentos sociais dos índividuos, crenças e mudanças socio-culturais face à doença, aliado ao papel desempenhado na sociedade pelas instituições e profissionais de saúde baseadas em técnicas de comunicação e educação do paciente, assentes em inovações tecnológicas e biomédicas. Deste modo, a investigação na área da sociologia da saúde vem demonstrar que nos últimos anos se denotou um aumento da preocupação dos indíviduos com o seu bem estar físico e mental e com práticas que conduzam a uma vida saudável a par de uma necessidade de se manterem bem informados relativamente ás doenças, diagnósticos, prognósticos e terapêuticas mais eficazes, que vão desde a esfera da medicina tradicional à esfera das medicinas alternativas. Estes comportamentos sociais, alteraram a forma de comunicação médico-paciente e o acesso fácil ás novas tecnologias de informação, às redes sociais e fóruns de discussão, em vez de facilitarem e esclarecer os indíviduos, podem causar entropia e ansiedade quando procuram respostas para os seus problemas de saúde em fontes de Informação nem sempre fiáveis. De que forma é que os bibliotecários de saúde, poderão aproveitar este contexto social para gerar valor acrescentado aos seus serviços, apoiando por um lado os seus utilizadores de sempre - os médicos e futuros médicos - no fortalecimento da sua relação e comunicação com os pacientes, providenciando bases de informação credíveis e traduzindo a terminologia médica em linguagem comum, inteligível e acessível a todo o tipo índivíduos? De que forma as bibliotecas da saúde poderão ganhar um novo tipo de utilizadores - o cidadão comum – providenciando conteúdos de fácil acesso sobre questões relacionadas com cuidados preventivos de saúde e qualidade de vida? De que modo, poderá a literacia digital ajudar a facilitar esta tarefa? Esta comunicação, pretende abordar estas questões e apresentar alguns casos de boas práticas já existents, a nível nacional e internacional, alertando para a necessidade de se desenvolverem projectos de cooperação em equipas multidisciplinares que incluam bibliotecários, médicos e organismos governamentais da área da saúde.