Browsing by Author "Rodrigues, Micaela Mata"
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- Atividades práticas e a exploração de materiais em ciência: o que fazem as crianças em educação de infância?Publication . Rodrigues, Micaela Mata; Freitas, José MiguelO presente relatório do projeto de investigação compreende a concretização de um estudo transversal aos contextos de creche e jardim de infância, nos quais estagiei. Com o tema de investigação as atividades práticas e exploração de materiais em ciência, o relatório foi elaborado numa perspetiva de formação pessoal e profissional, apresentando aprendizagens, dificuldades e constrangimentos vivenciados in loco, reflexões quanto aos aspetos a melhorar, potenciais intervenções futuras e conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico. Recorrendo à metodologia qualitativa e à modalidade de investigação-ação para desenvolver o projeto, que pressupõe intervir nos contextos de estágio para os melhorar perante uma situação problema, visou recolher, agir e interpretar informação para responder à questão de investigação ação De que forma o educador de infância pode promover as atividades práticas e a exploração de materiais em ciência?. Por forma a orientar os procedimentos de recolha e tratamento de informação e a ação foram ainda definidas questões auxiliares que espelham as intencionalidades da investigação: Como potenciar a exploração científica de materiais em creche?, Como proporcionar o desenvolvimento de atividades práticas e da metodologia científica em jardim de infância? e Que repercussões têm as conceções, perspetivas e posturas do educador na sua prática pedagógica?. Ao intervir nos dois contextos educativos e triangular toda a informação recolhida, foi possível percecionar que o educador deve possuir uma conceção de criança competente e de que a ciência está presente na sua vida desde sempre, a fim de proporcionar oportunidades, espaços, ambientes e rotinas favoráveis ao desenvolvimento de atividades práticas e exploração de materiais desafiantes e significativas. Pela aprendizagem ativa, as crianças compreendem o mundo que as rodeia, constroem conhecimentos e desenvolvem capacidades e atitudes científicas, tal como competências de outras áreas. Para formar cidadãos cientificamente literatos como requer a sociedade atual, marcadamente científica e tecnológica, o educador deve estar desperto para a ciência e as suas potencialidades, cativando as crianças, orientando e alargando as suas ações.
- Sou educadora de infância, e agora?!: a entrada na profissão docentePublication . Rodrigues, Micaela Mata; Figueira, Sofia CorrêaA entrada na profissão docente é uma etapa marcante e decisiva na vida pessoal e profissional do educador de infância, na qual se depara com inúmeros desafios e constrangimentos que influenciam a sua integração no mundo do trabalho, a construção da sua identidade profissional e o seu desempenho profissional. O presente estudo de caso, elaborado numa perspetiva de formação pessoal e profissional, visa compreender o processo de entrada na profissão docente dos educadores de infância, através das perceções de seis educadoras principiantes. Segundo uma abordagem qualitativa, com a triangulação e respetiva análise de conteúdo da informação recolhida por meio de entrevistas semiestruturadas – focus group e individual – e de inquérito por questionário, foi possível concluir que, no primeiro estádio de desenvolvimento profissional, as educadoras enfrentaram mais constrangimentos do que desafios. Embora a sua categorização seja subjetiva e não linear, os desafios relacionaramse com o grupo de crianças, ao passo que os constrangimentos aludiram para a falta de apoio, a gestão entre a vida pessoal e profissional e as características do contexto educativo. A especificidade da ação pedagógica, no que se refere ao trabalho com as famílias e às particularidades das etapas de desenvolvimento infantil, foi apontada quer como desafio, quer como constrangimento. A construção de uma identidade profissional reflexiva e resiliente foi crucial para a superação dos desafios e constrangimentos, na qual também contribuíram fatores como o trabalho em equipa, a partilha de experiências e saberes com profissionais mais experientes e competências adquiridas na formação inicial. Porém, os resultados evidenciam a necessidade de propiciar um ambiente de maior apoio e acompanhamento do educador neófito, sobretudo por parte dos órgãos de gestão dos contextos de trabalho. A valorização das suas competências e a promoção do seu bem-estar são igualmente fulcrais, tanto para o sentimento de pertença ao grupo profissional e de realização como para o desenvolvimento de práticas pedagógicas de qualidade.