Browsing by Author "Pinto, Carlos Alberto Ferreira"
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- Revisão sistemática de literatura: hábitos de exercício físico e de comportamento sedentário em pessoas com doença oncológica: impacto em indicadores de saúdePublication . Pinto, Carlos Alberto Ferreira; Martins, SandraIntrodução: O aumento da prevalência de cancro tem levado à necessidade analisar os fatores que podem contribuir para o seu tratamento. Entre estes, encontra-se o estilo de vida, existindo cada vez mais evidência sobre os benefícios do exercício físico (EF) e os riscos do sedentarismo para os doentes com cancro. A avaliação e a monitorização objetiva destes indicadores constituem um desafio, sendo fundamental para a definição e caracterização da dose de exercício na população oncológica. Objetivos: Considerando o exposto, o principal objetivo deste trabalho é analisar os hábitos de EF e o Comportamento Sedentário em Pessoas com Doença oncológica e o seu impacto em Indicadores de Saúde (IS), tais como fadiga, qualidade de sono, funcionalidade geral e mobilidade, progressão da doença, tolerância aos tratamentos, nível de dor e outros. Por outro lado e como objetivo secundário, identificar a dose de exercício físico realizado por pessoas com Doença oncológica e analisar as potenciais alterações nos IS. Método: Foram utilizadas como fontes de pesquisa as bases de dados Web of Science e Pubmed, tendo sido efetuadas 2 pesquisas em separado: uma direcionada para a prática de EF e outra para o estudo do comportamento sedentário, ambas em pessoas com doença oncológica. Utilizou-se o modelo PRISMA através do qual foram filtrados artigos com um desenho exclusivamente com grupos de controlo e/ou de comparação com intervenção de exercício físico ou com comportamento sedentário publicados nos últimos 10 anos. O mesmo autor fez a revisão de 253 artigos, dos quais nove cumpriram os critérios de elegibilidade do presente estudo. Resultados: O exercício promove adaptações benéficas na aptidão física e nos dados clínicos em diferentes tipos de cancro. A inclusão do método HIIT em programas de EF combinado, promoveu aumentos significativos no Vo2pico. O EF com intensidade moderada a vigorosa parece ser o mais adequado para melhorar a fadiga, depressão, qualidade de sono, incapacidade funcional, redução de níveis de inflamação (citocinas), bem como atenuar outras alterações prejudiciais relacionadas com o cancro. A redução do comportamento sedentário, melhorou igualmente a fadiga, depressão e a qualidade de sono. Em estudos futuros importa dar resposta às lacunas relativas a: referencial da FC utilizado para a prescrição de EF; caracterização completa da dose de EF aplicada, mais evidente no EF de força; fármacos utilizados; motivo da desistência dos participantes e método de recolha dos dados de EF. Conclusões: A prática de EF promove melhorias significativas nos diversos indicadores de saúde em indivíduos sobreviventes com diferentes tipos de cancro. De uma forma global, estes benefícios parecem ser atingidos com intervenções de EF com intensidades moderadas a vigorosas, seja EF exclusivamente aeróbio ou combinado, com frequência de 3-6 dias por semana, salientando que o treino combinado com intensidades moderadas permite obter redução de indicadores inflamatórios gerais (citocinas). A alteração do comportamento sedentário, alem dos benefícios na aptidão física, regista uma melhoria na qualidade de vida. Esta área do conhecimento necessita de mais investigação e com maior rigor para especificar a dose de EF e o efeito de dose-resposta em diferentes tipos de doença oncológica.
- S. E. R. – Sexualidade: Escolhas com ResponsabilidadePublication . Pinto, Carlos Alberto Ferreira; Cantante, Ana PaulaO presente trabalho de projeto foi desenvolvido no âmbito do Mestrado em Enfermagem Comunitária, visando a consolidação das competências do enfermeiro especialista em saúde comunitária, nomeadamente, no que diz respeito a estabelecer, com base na metodologia do planeamento em saúde, a avaliação do estado de saúde de uma comunidade e contribuir para o processo de capacitação de grupos e comunidades. O projeto de intervenção foi desenvolvido numa Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de um Agrupamento de Centros de Saúde da cidade do Porto, na área da saúde escolar. A área de intervenção trabalhada insere-se numa das áreas definidas no Programa Nacional de Saúde Escolar: educação para os afetos e a sexualidade. O público-alvo foi a população correspondente a todos os estudantes do 10º ano de uma escola do ensino profissional, do parque escolar da UCC, que frequentavam esta escola pela primeira vez. Para definir o diagnóstico da situação, após um pré-teste, foi aplicado um questionário para identificar os conhecimentos dos estudantes sobre o tema, atendendo às várias dimensões da sexualidade, e posteriormente foram definidas as prioridades para a intervenção, recorrendo à Classificação Internacional para a Prática da Enfermagem para a categorização dos diagnósticos de enfermagem. Na definição das prioridades foram considerados os critérios da magnitude, transcendência e vulnerabilidade, tendo sido identificadas como prioridades para a intervenção a suscetibilidade à infeção aumentada e o processo de tomada de decisão comprometido. Na base da intervenção esteve um processo formativo constituído por três sessões de educação para a saúde, com metodologia expositiva, demonstrativa e interativa, recorrendo à discussão de casos práticos. Terminada a fase de intervenção foi aplicado um novo questionário, tendo por base o questionário inicial, mas apenas contendo as questões que avaliavam os conhecimentos dos temas abordados nas sessões, que foram os definidos na priorização. Concluiu-se que houve um aumento dos conhecimentos nos estudantes que concorreram para uma diminuição da suscetibilidade à infeção e uma melhoria no processo de tomada de decisão e ainda que existe uma relação coerente e evidente entre o trabalho de projeto desenvolvido e as competências definidas para o exercício profissional do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde comunitária, definidas pela Ordem dos Enfermeiros, no contexto da saúde escolar.