Browsing by Author "Nunes, Catarina Teixeira"
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- Caracterização do padrão de consumo de psicofármacos em estudantes universitáriosPublication . Nunes, Catarina Teixeira; Aguiar, João PedroIntrodução: A prevalência das doenças mentais, em estudantes universitários, tem vindo a aumentar ao longo do tempo e são escassos os estudos que se focam no padrão de consumo de psicofármacos e sintomas de insónia, depressão e ansiedade/stress. Objetivos: Caracterizar o padrão de consumo de psicofármacos nos estudantes universitários e caracterizar a sua qualidade do sono, sonolência diurna, sintomas depressivos e stress percecionado. Métodos: Foi realizado um estudo transversal (Fevereiro-Julho 2024), através do desenvolvimento e disseminação de um questionário aplicado a estudantes universitários (amostra prevista de 384 estudantes). Este questionário foi disseminado através das redes sociais e de instituições de ensino e pretendia oferecer uma caracterização sociodemográfica da amostra, da sua carga horária letiva e/ou laboral, do consumo de psicofármacos e da prevalência de sonolência diurna, qualidade de sono, sintomas depressivos e stress percecionado. Os resultados foram tratados com recurso a estatística uni- e bivariada (IBM SPSS v.29). Resultados: Dos 354 participantes, a maioria era do sexo feminino (71,8%; n=254) com uma idade média de 20 ± 2,3 anos. Em relação ao consumo de psicofármacos, observouse que, 37,5% (n=99) já consumiu psicofármacos e 10,5% (n=37) ainda consumia atualmente, sendo que a classe mais utilizada os antidepressivos, nomeadamente os ISRS. Em termos de sintomas, verificou-se que a maioria dos estudantes apresentavam sonolência diurna excessiva (51,7%; n=183), pobre qualidade de sono (85,0%; n=301), sintomas depressivos ligeiros a moderados (59,9%; n=212) e um stress percecionado médio de 20,52 ± 7,02 pontos. Estes resultados foram ainda mais significativos quando observados apenas no grupo que consumia psicofármacos. Conclusão: Verificou-se que uma percentagem ainda importante da amostra que consumia psicofármacos, apresentando também uma percentagem importante de sintomas de insónia, depressão e ansiedade. Estes dados são preocupantes, porque podem apontar para uma percentagem de estudantes não medicados ou que podem vir a desenvolver no futuro perturbações mentais.