Browsing by Author "Morais, Clara Sofia Pacheco"
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- A Retrospective Etiological Study Of Canine Epilepsy In PortugalPublication . Morais, Clara Sofia Pacheco; Vilhena, Hugo Corte-RealO presente estudo retrospetivo teve como objetivos avaliar a etiologia da epilepsia canina numa população de cães em Portugal, bem como analisar o impacto de características clínicas, nomeadamente raça, tamanho, género, idade, número de ataques de epilepsia, resultados do exame neurológico, ressonância magnética (RM) e análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), como fatores preditivos para epilepsia idiopática (EI) e epilepsia estrutural (EE). Todos os casos clínicos incluídos no estudo foram monitorizados e/ou acompanhados por um neurologista diplomado pelo Colégio Europeu de Neurologia Veterinária e/ou por um neurologista clínico com Certificado de General Practitioner. O estudo foi realizado com uma amostra de cães com historial clínico de ataques epiléticos, observados no serviço de neurologia de dois hospitais veterinários de referência entre janeiro de 2022 e janeiro de 2024, e que realizaram uma avaliação neurológica completa, incluindo RM intracraniana. No total foram incluídos 25 casos que cumpriram os critérios de inclusão. Quinze casos foram diagnosticados com EI (60%), enquanto 10 casos foram diagnosticados com EE (40%). Os cães de raça pura apresentaram uma prevalência mais elevada de EI (80%) e EE (70%). Observou-se uma maior prevalência de epilepsia idiopática em machos (67%) em comparação com as fêmeas (33%). A maioria dos cães de porte pequeno foi diagnosticada com EE (60%), enquanto cães de porte médio apresentaram uma maior prevalência de EI (47%). A idade média de início dos episódios epiléticos foi de 65.6 meses, e a idade média aquando da realização da RM foi de 68.2 meses. Verificou-se uma prevalência mais elevada de EE em cães com mais de 72 meses (60%), enquanto a maioria dos cães com EI tinha entre 7 e 72 meses (93%). Cães com EI apresentaram maior probabilidade de sofrer de ataques epiléticos em cluster (53%) em comparação com os cães com EE (30%). As observações recolhidas do exame neurológico mostraram que cães com EI tinham maior probabilidade de apresentar um exame neurológico normal (80%), enquanto cães com EE tinham maior probabilidade de apresentar exame neurológico anormal (60%). Quando realizada, a análise do LCR foi normal em todos os cães com EI e anormal em todos os cães com EE. Apesar das limitações impostas pelo reduzido tamanho da amostra, os resultados obtidos mostraram-se consistentes com a literatura existente sobre a epidemiologia da epilepsia canina.