AM - TIA - INF - Especialidade de Infantaria
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Browsing AM - TIA - INF - Especialidade de Infantaria by Author "André, Afonso"
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- O Plano Schlieffen [1905]: uma inspiração na Batalha de Canas [216 a. C.]Publication . André, AfonsoA vitória que os cartagineses obtiveram sobre as legiões romanas na batalha de Canas, em 216 a. C., teve tais proporções que ainda hoje é referida como exemplar na sua execução. Os líderes militares da actualidade ainda procuram atingir resultados como os que foram obtidos em Canas, mas nunca com o mesmo sucesso. Nesse dia de 2 de Agosto de 216 a. C., o exército cartaginês, liderado por Aníbal Barca, foi alcançado por um exército romano com quase o dobro do seu tamanho. Os cartagineses conseguiram envolver o seu inimigo, numericamente superior, cercaram-no e destruíram-no completamente naquela que é considerada uma demonstração de génio táctico inigualável. O Chefe de Estado-Maior alemão, Alfred von Schlieffen, supostamente inspirado por este exemplo, tentou criar um plano que permitisse à Alemanha vencer a guerra inevitável que se avizinhava. O que se sabe das suas intenções é explicado num manuscrito de 1905, da autoria do próprio, que sobreviveu até aos nossos dias. Schlieffen concebeu um plano em que o exército alemão envolveria as posições francesas na fronteira franco-alemã, e forçaria o exército francês a uma rendição em massa, a sua batalha de aniquilação, ou vernchtunglschlacht. Este objectivo seria atingido através de uma ala direita forte que atravessaria a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo, desrespeitando a neutralidade destes, passaria a oeste de Paris e abordaria as posições francesas pela retaguarda. A nossa intenção foi analisar ambos os situações e tentar encontrar semelhanças e incongruências entre elas. Procurámos encontrar ligações entre elas e se tais ligações seriam apenas casuais ou resultantes de uma inspiração na famosa batalha da Antiguidade. Utilizámos os princípios da guerra, presentes nos manuais militares, que serviram de ponte para ligar o ano de 216 a. C. ao de 1905 d. C. Após considerarmos os factores chegamos á conclusão de que as semelhanças existem, mas que são apenas conceptuais e aplicadas de uma forma muito generalizada.