ISAVE - Artigos na revista Ter ISAVE – Investigação & Inovação em Saúde
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Browsing ISAVE - Artigos na revista Ter ISAVE – Investigação & Inovação em Saúde by Author "Andrea Ribeiro"
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- Efetividade da Reabilitação pulmonar e funcional no enfisema pulmonar - Estudo de CasoPublication . Lea Lacouture; L Barrague; Gilvan Pacheco; Gardénia Ferreira; Andrea RibeiroIntrodução: O enfisema pulmonar é uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) caracterizada por sintomas respiratórios persistentes, todavia, o comprometimento da DPOC não se limita à função respiratória. B.J., 65 anos, fumadora, apresenta enfisema pulmonar grave (VEF1=46%) com comprometimento da função cardiorrespiratória (NYHA III), limitações em atividades diárias e postura compensatória por esforço respiratório crónico. Objetivos: Melhorar a capacidade respiratória, reduzir a dispneia, aumentar a tolerância ao esforço físico e promover a independência funcional.Métodos: Foi realizado um programa fisioterapêutico de 24 sessões entre outubro e dezembro de 2024. O protocolo terapêutico incluiu exercícios aeróbicos em passadeira, exercícios respiratórios, alongamento e fortalecimento muscular, treino de resistência e equilíbrio além de estratégias educacionais e controlo postural.A paciente foi avaliada com os seguintes testes: Teste de caminhada de 6 minutos (6MWT), espirometria, Escala de Dispneia mMRC (Modified Medical Research Council), Escala Visual Analógica (EVA), Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Resultados: Após o programa de reabilitação, a distância percorrida no 6MWT aumentou 400 metros, evidenciando incremento da capacidade funcional. O mMRC passou do grau II para o grau I e a EVA reduziu de 7-8 para 2-3 indicando uma melhora significativa na perceção de dispneia e dor. O VO ₂ max estimado aumentou de 20,13 para 34,07 ml/kg/min e a classificação NIHA melhorou de III para II.Conclusão: O programa de reabilitação pulmonar foi efetivo no aumento da capacidade aeróbia, redução da dor e da dispneia e com melhora do preditor de sobrevida.
- Fisioterapia AmbientalPublication . Andrea Ribeiro; João Paulo Venâncio; Filip MaricResumo: A fisioterapia ambiental é um campo emergente que incorpora a sustentabilidade e a consciência ecológica à prática, educação e investigação em fisioterapia, reconhecendo a interdependência entre saúde humana e ambiental. Esta abordagem ecocêntrica desafia o paradigma tradicional centrado no ser humano, promovendo a justiça multiespécies e a saúde planetária. Ao considerar os ambientes físicos, sociais e naturais como influências cruciais, procura-se integrar fatores ambientais na prática clínica e no raciocínio terapêutico. Este conceito também enfatiza o papel dos fisioterapeutas como líderes na transformação eco-social, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A profissão pode contribuir para reduzir a pegada ambiental através da minimização do uso de materiais descartáveis, eficiência energética e alternativas sustentáveis, como transportes ativos e exposição a espaços verdes. Tais práticas não só beneficiam os pacientes, mas também diminuem o impacto ambiental dos serviços de saúde. Embora seja inerentemente mais sustentável que abordagens medicalizadas intensivas em recursos, a fisioterapia ainda enfrenta desafios, incluindo a necessidade de maior integração ambiental nos seus espaços e serviços. Para consolidar este paradigma, é fundamental desenvolver investigação interdisciplinar que avalie os impactos ambientais das práticas atuais, criando bases para modelos mais eco-responsáveis. A fisioterapia ambiental propõe uma reestruturação profunda da cultura profissional, capacitando a próxima geração de fisioterapeutas a equilibrar saúde humana e sustentabilidade. Este enfoque reflete um compromisso ético com a justiça ambiental, promovendo mudanças transformadoras que assegurem o bem-estar humano e ambiental para as futuras gerações.
- Impacto Físico e Psicológico na vida de um cuidador informalPublication . Andrea Ribeiro; Carla Macedo; Maria Martins; Silvia Xavier; Tânia Lima; Tânia Pereira; José Lumini; João Sousa; Samuel Conde; Nuno Costa; Miriam Marcos; Maria Rego; Jorge Pinto; Ines Alves; Mafalda DuarteIntrodução: Os cuidadores informais desempenham um papel crucial na prestação de cuidados a indivíduos com doenças crónicas ou incapacidades. Esta tarefa pode gerar uma sobrecarga física e psicológica significativa, impactando negativamente a qualidade de vida dos cuidadores. Objetivos: Este estudo pretende investigar qual o nível de sobrecarga de um grupo de cuidadores informais e desta forma compreender o seu impacto físico e psicológico. Métodos: Os dados foram coletados por meio de entrevistas utilizando um questionário de 30 minutos. Participaram 74 cuidadores informais, recrutados pelo método bola de neve. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Autoeficácia na Prestação de Cuidados Auto-administrada (CSES-8), Escala de Zarit e Índice para Avaliação das Satisfações do Prestador de Cuidados (CASI). Resultados: A amostra final incluiu 74 cuidadores informais (74,3% mulheres, 25,7% homens), com média de 57,89 anos. A maioria era casada (43,2%) e ativa profissionalmente (74,3%). Em média, dedicavam 15 horas diárias aos cuidados, com 48,6% cuidando 24 horas por dia. A Escala de Autoeficácia (CSES-8) indicou média de 53,1 pontos, sugerindo confiança na conciliação da vida pessoal e dos cuidados. A Escala de Zarit mostrou uma média de 19,43 pontos (sobrecarga moderada) e o Índice CASI, 103,8 pontos (satisfação moderada). Conclusão: Os cuidadores informais apresentam uma sobrecarga significativa, que impacta de forma negativa a sua qualidade de vida, tanto fisicamente como psicologicamente. No entanto, na sua maioria é relatada satisfação e confiança na realização dos cuidados. Intervenções específicas como terapias cognitivo-comportamentais, podem ajudar a mitigar esses impactos, proporcionando suporte e alívio de carga.
- O contributo da Fisioterapia em contextos de emergência e catástrofe: entre a resposta humanitária e a prática baseada na evidênciaPublication . Andrea Ribeiro; João Sousa; José LuminiA resposta a situações de emergência e catástrofe exige a mobilização de profissionais de saúde preparados para atuar em ambientes instáveis, imprevisíveis e de grande exigência. A fisioterapia tem vindo a afirmar-se como uma componente fundamental nas equipas multidisciplinares que intervêm nestes contextos, contribuindo para a funcionalidade, autonomia e qualidade de vida das populações afetadas. Este artigo de reflexão analisa o papel do fisioterapeuta em contextos de crise, à luz das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), da World Physiotherapy (WPT) e da Ordem dos Fisioterapeutas em Portugal. Através de uma abordagem crítica, são discutidas as potencialidades da profissão, os desafios ainda existentes e as oportunidades de desenvolvimento académico e profissional.