EM - IUEM - Psicologia Forense e Criminal
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Browsing EM - IUEM - Psicologia Forense e Criminal by advisor "Matias, Andreia"
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- Homicídios nas relações de intimidade : as mulheres que matamPublication . Martins, Sara Lúcia Afonso; Soeiro, Cristina; Matias, Andreia; Almeida, Iris Sofia Balbino deA presente dissertação insere-se no âmbito de variáveis associadas ao crime de homicídio cometido por homicidas do sexo feminino nas relações de intimidade. Durante os últimos anos, o homicídio nas relações de intimidade (IPH) tem ganho algum destaque na comunidade científica. No entanto, este é um fenómeno que necessita ser mais estudado. IPH é conhecido como violência letal e a forma mais extrema da violência nas relações de intimidade (IPV). Este estudo tem como objetivo geral a análise dos fatores de risco de IPH, o comportamento homicida e a dinâmica criminal das homicidas. Foram analisados 23 processos de casos de IPH que ocorreram em Portugal entre 2010 e 2021. A análise processual foi realizada a partir de uma grelha desenvolvida com os principais fatores de risco. Os resultados do estudo apontam para a partilha de algumas características sociodemográficas das mulheres homicidas: a média de idades, etnia caucasiana, nacionalidade portuguesa e emprego ativo. Os resultados indicaram que, na sua maioria, a homicida e a vítima mantinham uma relação até à data do crime e que eram maioritariamente cônjuges. O fator de risco identificado nas homicidas de IPH mais prevalente foi o histórico de IPV (91.3%). Em relação ao IPV presente na maioria da amostra, o perpetrador primário foi a vítima do IPH (52.2%). O tipo de violência mais reportada na IPV foi violência psicológica, seguida de violência física. Sobre a arma mais utilizada, esta foi uma faca de cozinha. A maioria das vítimas encontravam-se sob efeito de substâncias (63.6%) aquando da ocorrência do crime. A motivação mais apresentada foi este ocorrer na sequência de uma discussão entre os intervenientes. O local do crime foi maioritariamente no domicílio do casal. No que concerne às condenações, estas foram na sua maioria por “Homicídio Qualificado e Outros” com uma média de 11 anos de condenação.
- Homicídios nas relações de intimidade : caracterização dos fatores psicológicos associados ao risco de violência em homens agressoresPublication . Santos, Ana Rita Morais; Soeiro, Cristina; Almeida, Iris Sofia Balbino de; Matias, AndreiaEnquadramento: O crime de homicídio é a forma mais extrema de violência e pode caracterizar-se por um ato de violência letal, intencional ou acidental, dirigido a outra pessoa. Quando este é perpetrado por atuais ou antigos parceiros íntimos, denomina-se de homicídio nas relações de intimidade. Atendendo à prevalência do fenómeno torna-se fundamental o desenvolvimento de uma investigação aprofundada, que visa não só identificar os fatores de risco associados à violência em homens agressores, mas também compreender as dinâmicas subjacentes que levam a tais comportamentos. Objetivos: A presente investigação, de natureza qualitativa, centra-se no estudo dos fatores de risco psicológicos (sintomatologia, psicopatia, história prévia de violência, distorções cognitivas, abuso de substâncias, impulsividade e motivações) associados ao homicídio no contexto das relações de intimidade em homens a cumprir pena por este crime. Participantes: A amostra inclui 10 homens agressores, com idades compreendidas entre os 38 e os 73 anos. Método: Foi realizada uma entrevista semiestruturada recorrendo à Checklist de Psicopatia Revista (PCL-R) e foram aplicados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI); Escala de Impulsividade de Barrat (EIB); Self Blame and Victim Blame Scale; e Minimization & Self Defense Scale. Resultados: Verificaram-se valores significativos na Sintomatologia (somatização, sensibilidade interpessoal, depressão, hostilidade, ideação paranóide e psicoticismo), nas distorções cognitivas (autoculpabilização, culpabilização da vítima, minimização do incidente e autodefesa como justificação para o incidente) e numa dimensão da impulsividade (impulsividade por não planeamento). A história prévia de violência esteve presente em nove casos. Nas motivações para o crime, oito casos foram devido ao término da relação e um devido a questões financeiras. Conclusão: Os resultados permitem concluir que os fatores que apresentam valores significativos, poderão desempenhar um papel importante na perpetração dos homicídios nas relações de intimidade. Destaca-se, em particular, a história prévia de violência que emerge como o fator mais prevalente.
- Homicídios nas relações de intimidade : caracterização dos fatores psicológicos associados ao risco de violência em mulheres agressorasPublication . Silva, Bianca Santos da; Soeiro, Cristina; Almeida, Iris Sofia Balbino de; Matias, AndreiaEnquadramento: O homicídio é a manifestação mais violenta de um comportamento criminoso e pode ser caracterizado pelo um ato de violência letal, acidental ou intencional, dirigido a outro indivíduo. O homicídios nas relações de intimidade revela um cenário complexo, no qual diferentes fatores psicológicos, emocionais e sociais interagem para originar atos violentos. Embora a maioria dos homicídios nas relações de intimidade seja perpetrada por homens, as mulheres também podem cometer este tipo de crime. É importante conhecer os fatores de risco associados às mulheres agressoras que predizem o homicídio nas relações de intimidade e compreender as suas dinâmicas subjacentes. Objetivos: Analisar os fatores psicológicos associados ao risco de violência que caracterizam o grupo das mulheres que cometem homicídio nas relações de intimidade. Serão avaliados os seguintes fatores de risco: a história prévia de violência, o abuso de substâncias, a presença de sintomatologia, as motivações para o crime de homicídio, as distorções cognitivas, psicopatia e a impulsividade. Participante: A amostra inclui 14 mulheres agressoras com idades compreendidas entre os 24 e 69, que se encontram a cumprir pena de prisão pelo crime de homicídio nas relações de intimidade em Portugal. Método: A presente investigação sege uma abordagem qualitativa, recorrendo ao método do estudo de caso. Foram consultados os processos criminais de cada uma das participantes e foi aplicado um protocolo composto por uma entrevista semiestruturada com base na Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R), o Brief Symptom Inventory (BSI), a Escala de Impulsividade de Barrat (EIB-11), o Self Blame and Victim Blame Scale e o Minimization & Self Defense Scale. Resultados: Verificaram-se valores significativos na sintomatologia (somatização, a sensibilidade interpessoal, a depressão, a ansiedade, a ideação paranoide e o psicoticismo), nas distorções cognitivas (culpabilização da vítima e a minimização do incidente), e na impulsividade (impulsividade atencional). A história prévia de violência está presente em 10 casos. Na motivação para o crime prevalece o ciúme (6 casos). Conclusão: Os fatores que apresentam valores significativos podem desempenhar um papel importante na perpetração do homicídio nas relações de intimidade. Neste estudo, o fator mais prevalente é a história prévia de violência.