ENIDH - Mestrado em Engenharia de Máquinas Marítimas
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Browsing ENIDH - Mestrado em Engenharia de Máquinas Marítimas by advisor "Pereira, Sandrina Batista"
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- Análise da utilização de metanol como combustível em motores marítimosPublication . Ramalho, João Francisco Ferreira de Oliveira; Pereira, Sandrina BatistaO mundo está a atravessar um momento de mudança no que diz respeito à produção de energia e mobilidade, onde também se engloba o transporte marítimo internacional. Assim, é urgente estudar novos combustíveis e técnicas de produção de energia sem agravar as alterações climáticas que se têm registado nos últimos anos. Esta dissertação tem o intuito de estudar o metanol como combustível alternativo, para o transporte marítimo, de modo a verificar se será uma opção viável num futuro próximo. Numa primeira parte é feita uma análise bibliográfica detalhada sobre os diferentes tipos de metanol, nomeadamente no que à sua produção diz respeito, ao seu armazenamento e distribuição. São também apresentados alguns projetos já concluídos onde podem ser observadas as alterações que foram feitas a bordo dos navios para estes utilizarem o metanol como combustível principal nos motores de combustão interna. Posteriormente, são efetuados três cenários de custos de produção de diferentes combustíveis com diferentes condicionantes, até ao ano de 2050. Nos cenários são também projetadas as emissões de dióxido de carbono (CO2), associadas à produção, distribuição e respetivo consumo do combustível analisado. Nos cenários efetuados são analisados e comparados com o Heavy Fuel Oil (HFO) quatro combustíveis marítimos diferentes: Bio Metanol; E – Metanol; Gás Natural Liquefeito e Low Sulfur Fuel Oil. O primeiro cenário não inclui quaisquer taxas de emissões de CO2 e tem por base um custo reduzido da eletricidade, que difere todos os anos, variando entre os 48 dólares americanos/MWh e 26 dólares americanos/MWh. O segundo cenário inclui uma taxa média para as emissões de CO2, cerca de 200 dólares por tonelada de CO2 emitida e um custo elevado de eletricidade, que varia entre os 62 dólares americanos/MWh e os 40 dólares americanos/MWh. Por fim, o terceiro cenário, tem em conta uma taxa máxima para as emissões de CO2, cerca de 500 dólares por tonelada de CO2 emitida, e um custo elevado de eletricidade. Relativamente ao primeiro cenário de estudo pode verificar-se que, devido a não incluir custos relativos às emissões de CO2 e incluir um custo reduzido de eletricidade, os resultados obtidos não são muito realistas, com o custo de produção dos combustíveis fósseis a ser muito inferior ao dos combustíveis alternativos. No segundo cenário de estudo pode verificar-se que a partir de 2030, começam a surgir mudanças relativas ao custo de produção do bio metanol e que em 2050 verifica-se uma grande proximidade dos custos de produção dos quatro combustíveis em análise. No último cenário de estudo verifica-se uma mudança drástica relativa ao custo de produção do bio metanol, desde o início da simulação e que em 2039 surgem mudanças relativas ao custo de produção do E – metanol. Por fim, para 2050, prevê-se, neste último cenário, que o custo de produção dos combustíveis renováveis seja muito mais baixo que o custo de produção dos combustíveis fósseis, o que afetará o preço de venda ao público.
- Transição energética no transporte marítimo: uma visão regulatória no contexto ecológico e estratégias para a sua transiçãoPublication . Cativa, Nikolay Admir Ribeiro; Pereira, Sandrina BatistaEste estudo tem como objetivo analisar como o setor marítimo está a lidar com a Descarbonização, com foco no Transporte Marítimo, uma vez que a maior parte das mercadorias no mundo são transportadas por via marítima. Conceber e implementar medidas de descarbonização para diminuir o impacto das alterações climáticas através da redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no setor marítimo não é uma tarefa fácil. No entanto, como a redução das emissões de GEE do transporte marítimo tem sido lenta, tem havido um endurecimento das regulamentações internacionais e regionais. Enquanto a indústria marítima acelera o seu processo de descarbonização, as autoridades marítimas de todo o mundo ainda têm dúvidas sobre os papéis que podem desempenhar na adoção de regulamentos locais e na ratificação de normas regionais e internacionais, por forma a contribuir para a redução das emissões de GEE do transporte marítimo. A utilização de combustíveis marítimos alternativos, tais como o Gás Natural Liquefeito, Gás Liquefeito de Petróleo, Metanol, Amónia e Hidrogénio tem vindo a ser discutida como um dos principais meios de descarbonização do setor marítimo. A Organização Marítima Internacional (OMI) está a considerar a implementação de um instrumento de precificação do carbono no transporte marítimo internacional. Um dos pontos de discussão mais controversos sobre a execução da precificação do carbono no setor marítimo está relacionado com a garantia de uma transição razoável. A utilização adequada das receitas de carbono pode proporcionar melhores benefícios climáticos, dentro e fora do transporte marítimo. Ao longo da tese é efetuada uma análise da legislação/regulamentação da EU (Iniciativa Marítima FuelEU), dos Estados Unidos de América, da República da China, da República da África do Sul e do papel que toda esta legislação pode desempenhar na descarbonização da indústria marítima, nomeadamente no objetivo de alcançar emissões líquidas zero. No âmbito da metodologia de investigação adotada, foram efetuadas 5 entrevistas, na qual duas em Portugal e três na África do Sul, com o objetivo de perceber como esses ambos Países têm lidado com o combate à descarbonização rumo a 2050, sendo Portugal membro da União Europeia (EU); e a África do Sul um dos líderes do setor marítimo em África, membro da União Africana (AU) e o único membro africano, parte do grupo da Economia G20.
