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A Escola Naval (EN) tem como missão formar os oficiais da Marinha, em especialidades e áreas de formação necessárias ao exercício das funções que estatutariamente lhes são cometidas, conferir as competências adequadas ao cumprimento das missões específicas da Marinha e das Forças Armadas, e promover o desenvolvimento individual para o exercício de funções de comando, direção e chefia. Os jovens oficiais ao terminarem a EN, irão desempenhar funções como oficiaissubalternos a bordo dos navios de guerra, geralmente como chefes de equipas. Na sua essência o exercício da chefia implica a liderança e a gestão de equipas. O desenvolvimento destas competências de liderança para além de representar um papel importante na formação ao longo da vida, contribui para que os futuros oficiais respondam positivamente às diversas situações, desafios e oportunidades que irão enfrentar. Como regra, as competências de liderança funcional de equipas (clarificar a situação, clarificar a estratégia, coordenar e facilitar a aprendizagem) são observadas através de uma grelha de comportamento, sugerindo implicações práticas para as organizações. Método. Para que os alunos se possam tornar líderes mais eficazes torna-se fundamental que adquiram e desenvolvam um conjunto de competências técnicas e comportamentais (pessoais e interpessoais). Este estudo incorporou 164 cadetes da Escola Naval, 85,3% masculinos e 14,7 % femininos; consistiu em duas fases: o pré teste e a fase de treino de intervenção. Na fase de pré-teste, os cadetes foram informados sobre o propósito e os métodos da liderança funcional e realizaram a primeira tarefa prática de liderança, sendo avaliados nas competências: comunicação; liderança; determinação; planeamento; tomada de decisão; iniciativa e autoavaliação. Depois realizam mais três tarefas de liderança, progressivamente mais difíceis e aprofundaram a prática da liderança de equipas com a aplicação da liderança funcional. O modelo de liderança funcional atualmente utilizado na EN é operacionalizado através das designadas Tarefas Práticas deLiderança (TPL). A atribuição de uma missão/tarefa a uma equipa significa que esta se encontra perante a situação de a realizar de acordo com os requisitos e condições que lhe são colocados. As TPL requerem elevada interação e interdependência dos membros das equipas, consistindo na execução de tarefas de equipa não estruturadas (não têm um modelo definido e único para a sua execução, cabendo às equipas a resolução desse problema). Com o desenvolvimento do modelo de liderança funcional os cadetes vão sendo avaliados noutras tarefas práticas de liderança (TPL´s), as quais vão tendo um acréscimo de dificuldade e aprofundamento da prática da liderança de equipa com a aplicação da liderança funcional. Resultados. Foi desenvolvido e testado um modelo de liderança de equipas, que congrega os pressupostos básicos da liderança funcional, ou seja, a resolução de problemas emergentes no âmbito da realização da tarefa duma equipa cujo ciclo é pautado por períodos de pré-ação, ação e pós-ação, nos quais os líderes intervêm de forma especifica como promotores e facilitadores dos processos de interação mais relevantes para a eficácia das equipas. Os resultados revelaram um aumento geral nas competências observadas (em alguma competências de quase cinco valores), sugerindo uma forte absorção das técnicas ministradas, bem como, da eficácia do modelo da liderança funcional. Discussão e Conclusões. O estudo mostrou que a teoria da liderança funcional é um enquadramento teórico adequado para o estudo da liderança de equipas e para a análise da sua eficácia, que o modelo desenvolvido pode funcionar como uma ferramenta adequada para o desenvolvimento de competências de liderança e que este desenvolvimento constitui uma intervenção eficaz para melhorar a eficácia das equipas, em que a intervenção dos líderes através do desenvolvimento de modelos mentais de equipa constitui um mecanismo adequado para a promoção da eficácia das equipas. O modelo testado mostrou que o desenvolvimento das competências de clarificar a situação, de clarificar a estratégia e de coordenação se traduziam em melhorias na eficácia das equipas. Em particular destaca-se a variação na competência de clarificar a estratégia ocorrida no programa de formação. Os resultados mostram que o impacto da liderança na eficácia das equipas antes da formação assentava fundamentalmente na competência de coordenação dos líderes. A prática permite concluir que as equipas que aplicam consistentemente o Modelo de Liderança Funcional tornam-se mais eficazes mesmo quando confrontadas com tarefas de complexidade crescente.

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Comunicação Educação Liderança Funcional Comportamento Organizacional Liderança de Equipas

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