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As vivências dos enfermeiros no cuidado ao recém-nascido com síndrome de abstinência neonatal e sua família

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O trabalho diário com crianças que experienciam Síndrome de Abstinência Neonatal (SAN) e o apoio às suas famílias permanece invisível e deve ser incluído em programas de investigação e na prática efetiva. Esta síndrome ocorre nos recém-nascidos de mães toxicodependentes que após o nascimento ficam privados da droga a que foram expostos in útero. Caracteriza-se por manifestações de irritabilidade, hipertonia, choro intenso, tremores, padrão de sono alterado, dificuldades alimentares, etc. (Lemos [et al.]b, 2004). Para o alívio destes sintomas é necessário um tratamento e uma avaliação adequada da criança (Gutiérrez-Padilla [et al.], 2008). O enfermeiro assume a responsabilidade pelos cuidados de enfermagem a estas crianças, e a responsabilidade de suporte técnico e emocional das suas famílias, trabalhando em parceria com estas, de forma a promover a parentalidade (Oikonen [et al.], 2010). O estudo, “As vivências dos enfermeiros no cuidado ao recém-nascido (RN) com SAN e sua família”, permitiu perceber as experiências vividas pelos enfermeiros da Unidade de Cuidados Especiais Pediátricos/Neonatais do Hospital Santo Espírito de Angra do Heroísmo, neste contexto. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de cariz fenomenológico, de abordagem qualitativa. A técnica utilizada para a recolha dos dados foi a entrevista semi-estruturada. O método para o tratamento dos dados foi a análise de conteúdo segundo Bardin. Da análise emergiram os temas: Como o enfermeiro percebe a criança e os pais de quem cuida; como o enfermeiro percebe o cuidado dos pais ao seu filho; o que o enfermeiro sente quando cuida da criança e família; as dificuldades sentidas por este no cuidar destas crianças e suas famílias; os focos de atenção do enfermeiro quando cuida da criança e família, e o que percebe como necessário para melhorarem os seus cuidados. Foi possível perceber a complexidade e a relevância do cuidar destas crianças, associado às suas características, manifestações clínicas, sofrimento, bem como às características peculiares das suas famílias. Aliados a estes factos acrescem as dificuldades expressas pelos enfermeiros relativamente ao trabalho da equipa (descoordenação e deficit de comunicação); relação e comunicação difíceis com a família; falta de recursos, falta de formação específica, uniformização dos cuidados e desatualização do instrumento de avaliação do RN com SAN. No entanto, os profissionais referem sugestões para o colmatar dessas falhas. Foram expressos pelos enfermeiros, quando cuidam do RN e família, sentimentos e sensações de: frustração, ansiedade, revolta, cansaço, aflição, sofrimento, bem como afeição, satisfação, desafio e reconhecimento. Do discurso dos enfermeiros x podemos identificar competências no cuidar destas crianças e atitudes promotoras de parentalidade e criação de laços afetivos entre pais e filho. Os pais são, para eles e em grande parte, ausentes e desinteressados, no entanto outros são mais presentes e trabalham em parceria, prestando os cuidados básicos ao filho de forma autónoma, embora sem delicadeza e com dificuldades em cuidados mais complexos. Apresentam uma vinculação “diferente” e “menos luminosa”. A partir do conhecimento destas realidades podemos adotar medidas que melhorem a prática de cuidados de enfermagem a estas crianças e suas famílias, com ganhos efetivos em saúde e eventual valorização profissional.

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Recém-nascido Enfermeiro neonatal Sindrome de abstinência neonatal Parentalidade

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