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Abstract(s)
Sendo que o crescimento e o desenvolvimento da criança ocorre em sequências e padrões previsíveis, que reflectem o crescimento físico e o desenvolvimento psicossocial, cognitivo e moral, estes geralmente são referenciados como uma unidade, expressando a soma das inúmeras alterações que ocorrem durante a vida.
HOCKENBERRY (2006) ao citar American Nurses Association (2003), define Cuidar em enfermagem como “a prevenção da enfermidade, o alívio do sofrimento, assim como a protecção, a promoção, o restabelecimento da saúde no cuidado de indivíduos, famílias, grupos, comunidades e populações”.
Em enfermagem pediátrica o cuidado é centrado não apenas na criança mas na sua família, pois esta é o seu núcleo de suporte (OLIVEIRA et al, 2005).
É fundamentar que o enfermeiro proporcione e valorize suporte emocional e criatividade na arte do cuidar, requerendo habilidade técnica e empática (PARO et al, 2005:152).
Para CASEY (1993b:233), "os cuidados centrados na família, prestados em parceria com esta, são a filosofia de enfermagem pediátrica da década de noventa. As crenças e valores que sustentam essa filosofia incluem o reconhecimento de que os pais são os melhores prestadores de cuidados à criança.” A base deste modelo, é a negociação alicerçada no respeito pela família e suas necessidades e desejos.
A resposta da criança à dor é cada vez mais influenciada pelas suas experiências dolorosas prévias e pela reacção emocional dos pais durante o procedimento. Assim sendo, torna-se fundamental a prestação de cuidados atraumáticos, eliminar ou diminuir o sofrimento físico e psicológico da criança e sua família (HOCKENBERRY, 2006).
Aquando da hospitalização a preparação psicológica da criança e família é extremamente importante. O enfermeiro, sempre que possível, deve explicar à criança e família a sua necessidade de hospitalização, e alguns aspectos sobre o mesmo, sendo fundamental uma boa integração à nova unidade. Durante este processo é fundamental que dependendo da faixa etária o enfermeiro direccione o seu discurso e olhar para a criança, demonstrando a sua importância valorizando-a.
É fundamental que o enfermeiro adquira uma postura, gestos, tom de voz, olhar, expressão facial, … pois qualquer cuidado de enfermagem já por si é uma fonte comunicação. Contudo, o rosto é a parte do corpo que mais informação proporciona e de mais fácil e rápido acesso.
Frente à necessidade de aprofundar conhecimento nos cuidados centrados na criança com ou sem um dispositivo médico, tendo por base uma relação terapêutica eficaz, surgiu…o interesse por esta área, de modo a minimizar o stress da criança/jovem face à hospitalização.
Este relatório tem como objectivo descrever, analisar e reflectir o trabalho realizado em estágio sobre o tema “Para um percurso de desenvolvimento de competências de enfermeiro especialista nos Cuidados de Enfermagem à Criança com Cateter Venoso Central”.
O relatório tem como propósito descrever de forma objectiva as experiências e actividades desenvolvidas durante o estágio, bem como fazer uma análise crítica e através de uma reflexão pessoal e com os contributos da revisão bibliográfica feita.
A metodologia utilizada foi a de projecto e prática-reflexiva que culmina neste relatório, focando aspectos do cuidar centrado na criança, estratégias de comunicação e intervenções para minimizar riscos de infecção subjacentes ao uso de um dispositivo em contexto hospitalar, contribuindo para a formação de adultos em contexto de trabalho
Neste contexto é necessário prestar cuidados de enfermagem que englobem a promoção, a manutenção e a recuperação da saúde das crianças, envolvendo a participação da família.
O enfermeiro, como agente de mudança, deve buscar conhecimento e formação que lhe permitam humanizar os cuidados de enfermagem, verificando-se fundamental a existência de guias de boas práticas de cuidados de enfermagem, de modo a proporcionar cuidados especializados de qualidade.
Description
Mestrado, Enfermagem Saúde Infantil e Pediatria, 2011, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Keywords
Enfermagem pediátrica Assistência centrada no doente Criança Comunicação Caterismo venoso central Infeção Riscos Hospitalização