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Abstract(s)
A Medicina Nuclear (MN) permite investigar o estado fisiológico dos tecidos de forma
minimamente invasiva, usando radiofármacos (rf’s), moléculas compostas por um
análogo biológico específico desses processos fisiológicos e um marcador radioativo
(radionuclídeo).
PET/CT (do acrónimo inglês Positron Emission Tomography/Computed
Tomography), uma das modalidades de imagem em MN, está a expandir-se
rapidamente em muitos Países.
As imagens obtidas revelam a biodistribuição dos rf’s usados e permitem
conhecer a sua distribuição precisa no organismo. 18F-Fluorodesoxiglicose (FDG), um
análogo da glicose, é o rf mais comumente utilizado, isto porque em neoplasias as
células são geralmente caracterizadas pelo aumento do metabolismo da glicose.
A quantificação realizada em imagens de PET, tem por base uma estimativa
quantitativa do metabolismo da glicose no tumor, utilizando o índice de captação
estandardizado, SUV (do acrónimo inglês Standard Uptake Value).
A realização de estudos dinâmicos em PET/CT, isto é, realizados em
sequência temporal imediatamente após a administração endovenosa do rf e, durante
um período de tempo pré-determinado (por exemplo, 15 minutos) permite que o
registo da cinética inicial dos rf’s seja estudado. A análise dos dados obtidos com o
estudo dinâmico permite compreender o grau e a perfusão tumoral. Habitualmente,
quanto maior a captação de 18F-FDG num tumor, maior é a sua atividade metabólica
glicolítica, o que tem sido traduzido em maior agressividade tumoral.
Nesta investigação, realizaram-se estudos dinâmicos num grupo restrito de
patologias oncológicas, nomeadamente: carcinoma da bexiga, carcinoma do colo do
útero, carcinoma colorretal, carcinoma do endométrio, metástases hepáticas e
adenocarcinoma pancreático.
Realizaram-se estudos dinâmicos durante cerca de 10/15 minutos, com 1minuto por
frame. O objetivo desta Investigação é tentar compreender se, tumores com maior
perfusão respondem melhor à Radioterapia (RT), ou se, a resposta é independente da
perfusão.
Para avaliar os valores de SUV’s ao longo tempo, realizaram-se ROI’s (do acrónimo
inglês Region of Interest), nas artérias femorais ou aorta e na lesão tumoral. Com
estes dados, criaram-se gráficos de atividade/tempo onde, no eixo das abcissas é
representado o tempo e no eixo das ordenadas os valores de SUV. A partir destes
gráficos e dos dados neles contidos, calculou-se o Índice de Perfusão Tumoral através
de 2 métodos: A, Método Trapezoidal de Aproximação que relaciona a razão entre a
área perfusional do tumor e a área de fluxo arterial, até ao momento do cruzamento
das curvas; B, mais simples, calculando o Índice de Perfusão do Tumor através da
razão entre o valor de SUV máximo da curva tumoral e da curva arterial até ao
momento do cruzamento das curvas.
O Método de Comparação de Métodos de Altman&Bland, revelou que tanto o método
A como o método B são semelhantes para o cálculo do Índice de Perfusão Tumoral.
Em conclusão, apesar do número reduzido de indivíduos estudados, os dados
apresentados indicam que existe uma tendência para que haja melhor resposta à RT
por parte dos tumores com maior índice metabólico e maior índice de perfusão. Os
tumores com menor índice metabólico e menor grau perfusional parece que
respondem pior à RT.
Description
Keywords
Tomografia por emissão de positrões Tomografia computorizada Índice de perfusão tumoral Radioterapia