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Abstract(s)
Em 1958, o Exército português, prevendo o despoletar do conflito no Ultramar, sentiu
necessidade de se preparar para uma actuação de contra-subversão.
O presente trabalho pretende dar resposta à questão central:
- quais as origens e a metodologia do esforço que o Exército Português desenvolveu na
elaboração da sua doutrina de contra-subversão para fazer face aos desenvolvimentos
que já se previam para o Ultramar português ?
Para fazer face à manobra de subversão, o Exército desenvolveu, à custa da sua própria
experiência, uma doutrina de contra-subversão materializada no Manual “O Exército na
Guerra Subversiva”.
Das missões das forças militares definidas neste Manual ressaltam dois aspectos
caracterizadores da concepção e emprego da doutrina portuguesa de contra-subversão:
- a acção psicossocial e;
- a colaboração e integração entre as estruturas militares e civis a todos os níveis.
Relativamente à primeira, “a conquista da população” foi eleita como o objectivo principal
a atingir na medida em que é esta o centro de gravidade de uma guerra subversiva.
Quanto à segunda, era claramente definido na doutrina que a luta contra a subversão não
podia ser levada a bom termo só pelas forças militares, exigindo, pelo contrário, uma
convergência de esforços em todos os campos – político, social, económico, etc.
Já quanto ao processo de desenvolvimento da doutrina importa destacar:
- a atitude precavida de enviar oficiais para acções de formação em países com experiência
recente em conflitos subversivos;
- o aproveitamento do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) para a elaboração de
estudos e trabalhos que estiveram directamente na base do desenvolvimento da doutrina;
- a criação do Centro Instrução Operações Especiais (CIOE), enquanto centro de instrução
especialmente vocacionado para a contra-guerrilha e;
- os ensinamentos colhidos durante cerca de dois anos de campanha no Norte de Angola.
Em resumo, a doutrina de contra-subversão desenvolvida para o efeito revelou-se
adequada às características do conflito, permitindo a um país com a dimensão de Portugal
conduzir simultaneamente três campanhas de contra-subversão em colónias
significativamente distantes do território continental.
Relativamente à primeira, “a conquista da população” foi eleita como o objectivo principal
a atingir na medida em que é esta o centro de gravidade de uma guerra subversiva.
Quanto à segunda, era claramente definido na doutrina que a luta contra a subversão não
podia ser levada a bom termo só pelas forças militares, exigindo, pelo contrário, uma
convergência de esforços em todos os campos – político, social, económico, etc.
Já quanto ao processo de desenvolvimento da doutrina importa destacar:
- a atitude precavida de enviar oficiais para acções de formação em países com experiência
recente em conflitos subversivos;
- o aproveitamento do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) para a elaboração de
estudos e trabalhos que estiveram directamente na base do desenvolvimento da doutrina;
- a criação do Centro Instrução Operações Especiais (CIOE), enquanto centro de instrução
especialmente vocacionado para a contra-guerrilha e;
- os ensinamentos colhidos durante cerca de dois anos de campanha no Norte de Angola.
Em resumo, a doutrina de contra-subversão desenvolvida para o efeito revelou-se
adequada às características do conflito, permitindo a um país com a dimensão de Portugal
conduzir simultaneamente três campanhas de contra-subversão em colónias
significativamente distantes do território continental.
Description
Keywords
Contra-subversão Doutrina militar Portugal Metodologia Ultramar 1961-74