Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
2.48 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Com o final da Guerra Fria, o conceito de dissuasão, que até essa altura constituía o
núcleo central de uma grande estratégia (grand strategy) de “contenção”, perdeu
proeminência em virtude do desaparecimento da ex-URSS. O ocaso bipolar conferiu aos
EUA o estatuto de potência mundial única.
Como produto da Guerra Fria, as teorias de dissuasão clássicas reflectiam a relação de
hostilidade entre os EUA e a URSS, sob o espectro de ameaça de emprego das armas
nucleares.
Segundo Raymond Aron “a dissuasão é um modo de relacionamento entre duas
pessoas ou duas colectividades, tão velho quanto a humanidade”. A ideia de dissuasão
como forma de acção estratégica, menos “ofensiva” que as acções preemptivas ou
preventivas, continuará a ser uma opção válida de relacionamento entre os actores estatais
e entre estes e os actores não estatais.
O objectivo do presente trabalho de investigação é contribuir para uma nova
conceptualização do conceito de dissuasão face aos novos desafios no âmbito da segurança
e defesa e quais as implicações aos níveis convencional e nuclear.
Os novos desafios decorrem das novas ameaças entretanto surgidas, a emergência do
fenómeno do terrorismo com carácter transnacional, os estados párias e a possibilidade de
ambos virem a dispor de Armas de Destruição Maciça (ADM), especialmente nucleares e
dos respectivos vectores de lançamento, os mísseis balísticos.
De uma anterior conceptualização geral, passaremos a situações de análise particular,
em que a dissuasão será mais empírica e dirigida especificamente a um determinado
adversário, num momento próprio e levando à construção de modalidades de actuação
necessariamente diferentes.
Da análise feita a estratégia de dissuasão continuará a ser considerada como uma das
“ferramentas” fundamentais ao dispor da política, conjugada e interdependente com as
restantes formas de acção estratégica, como a indução, a persuasão/influência e as acções
preemptivas e preventivas, que constituirão a grande estratégia dos Estados.
Em virtude da constante evolução do ambiente estratégico internacional, o estudo
desenvolvido baseou-se nas actuais tendências, nomeadamente na postura marcadamente
unilateralista adoptada pela administração norte-americana. Esta postura definida após os
atentados de 11 de Setembro de 2001, leva a que a potência hegemónica condicione o
ritmo e agenda das Relações Internacionais, daí ter sido um dos principais focos de análise. Abstract: Deterrence classic theories, which were a product of the Cold War, reflected the
hostile relationship between USSR and USA, under the threat of nuclear war.
When the Cold war ended, deterrence concept, which was containment’s grand
strategy core concept, lost its significance, with the fall of USSR. The end of bipolarity has
made USA the sole Superpower.
As Raymond Aron stated, deterrence is “a kind of relationship between two people or
groups of people, it is as old as mankind” Deterrence as a strategic line of action, less
offensive than pre-emptive or preventive actions, has returned as a valid option to the
interstate and state to non-state relationship.
The aim of this study is to give a contribution to a new deterrence concept, in line
with the new security and defence challenges and its implications at the nuclear and
conventional levels.
New challenges emerged from new threats, like transnational terrorism, rogue states
and their possession of weapons of mass destruction, especially nuclear weapons and their
vectors.
The classic deterrence concept applied in a different strategic environment, against
different adversaries, in different times, invalidates standard lines of action.
As a result of the international strategic environment evolution, this study was based
on the today’s tendencies, namely unilateral action which as been adopted by USA
administration. This posture whose definition emerged from 9/11 makes the USA a major
constrainer of the International relations pace and agenda that is why it was one of the
main focuses of our analysis.
Resulting from our analysis of deterrence, we consider that it will still be a “tool” at
hand to the political level, interdependent with all other forms of strategic action like,
induction, persuasion/influence and pre-emptive and preventive actions, elements of the
state grand strategy.
Description
Keywords
Dissuasão Armas de Destruição Maciça Acções preemptivas e preventivas Deterrence Weapons of mass destruction Pre-emptive and preventive actions