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Abstract(s)
INTRODUÇÃO: Atualmente, a doença oncológica é considerada uma doença crónica que afeta múltiplas dimensões da pessoa (Rowland e Baker, 2005) e exige ao indivíduo uma gestão da própria doença que promova a adaptação à nova condição da vida. A fadiga, para além do impacto significativo que tem na qualidade de vida do sobrevivente de cancro, constitui uma condição que influência a autogestão e a transição saúde-doença.
OBJETIVOS: Nesta investigação procura-se identificar os preditores de fadiga após o tratamento da doença oncológica, as estratégias utilizadas pelos sobreviventes de cancro na gestão da fadiga e as intervenções dos enfermeiros que promovem a autogestão da doença. O estudo tem como finalidade contribuir com orientações promotoras de uma prática de enfermagem com impacto na autogestão da doença oncológica.
METODOLOGIA: Foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura segundo o modelo do Instituto Joanna Briggs®. Foi utilizada a estratégia PICO® na construção da pergunta de partida e na construção dos respetivos descritores. De um total de 815 artigos encontrados nas bases de dados eletrónicas (MEDLINE with full text® e CINAHL plus with full text®), foram incluídos 8 estudos na revisão. A qualidade metodológica dos estudos selecionados foi avaliada através dos instrumentos publicados pelo Instituto Joanna Briggs®. A seleção dos estudos e a extração dos dados foi realizada, de forma independente, por dois investigadores da UNIESEP.
RESULTADOS: Fatores de natureza demográfica, física, funcional, cognitiva, psicológica, social, económica e espiritual predizem fadiga depois do fim dos tratamentos ao cancro. Estratégias no âmbito do exercício físico, conservação de energia, gestão da sintomatologia associada à doença oncológica, perceção de autoeficácia, estilo de coping e redes sociais e apoio social podem contribuir eficazmente para a redução e controlo dos níveis de fadiga e promover a gestão da doença que potencia a adaptação à nova condição – a de sobrevivente. O enfermeiro, deve promover uma vigilância da saúde do sobrevivente que inclua informação, orientação, aconselhamento sobre as mudanças do estilo de vida, bem como apoio psicossocial e espiritual com orientações específicas para a gestão da fadiga. Programas de reabilitação e de intervenção individual, podem constituir-se recursos válidos para contribuir para a redução da fadiga e gestão da doença oncológica na fase de sobrevivência.
Autogestão da fadiga nos sobreviventes de cancro
VIII
CONCLUSÕES: Apesar dos progressos desenvolvidos no avanço do conhecimento científico para a compreensão da fadiga dentro do ambiente oncológico, questões importantes permanecem. A verdade é que os sobreviventes de cancro sujeitos a tratamentos cada vez mais inovadores e eficazes, continuam a experienciar sintomas provocados pelos próprios tratamentos que influenciam diretamente a qualidade de vida destes. Face ao aumento crescente das necessidades dos sobreviventes de cancro e perante os padrões balizados nesta revisão na abordagem a esta temática, emerge a necessidade de se desenvolver, implementar e avaliar programas de intervenção que criem a oportunidade de fornecer uma ajuda profissional útil, nesta fase da doença oncológica. Nesta lógica, o enfermeiro, enquanto profissional enquadrado numa equipa multidisciplinar, deve assumir um papel fundamental na promoção da adaptação à nova fase da vida do sobrevivente de cancro.
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Keywords
Fadiga Cancro Enfermagem Doença crónica