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O gigante chinês tem encetado uma corrida aos recursos naturais em várias partes do globo, como forma de manter a pujança do seu crescimento económico. O Continente Negro, não tem escapado a esta sede e tem sido colocado como parceiro para o desenvolvimento. Esta relação sino-africana está envolvida numa rede de acordos de cooperação e de concessões de dupla vertente, caracterizada muitas vezes como uma relação de ganho-ganho e com um carácter geográfico que se focaliza no sul do globo, contrariando a constante do relacionamento Norte – Sul.
Neste nosso estudo é exposto, numa primeira fase, a relação que se tem estabelecido nas últimas décadas, entre estas duas grandes manchas territoriais focalizando-se de seguida nas relações entre a China e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa culminando no caso particular de Angola. Todo este percurso tem como perspectiva apresentar as consequências para Portugal desta relação sino-angolana no qual se pretende como fim último executar uma análise científica e expor possíveis modalidades de acção para a nação lusa, como forma de potencializar os seus ganhos geopolíticos.
O Modelo de Análise utilizado baseou-se no Método hipotético-dedutivo, cuja construção parte de postulados identificados, como modelo de interpretação do fenómeno estudado. Este modelo gerou, através de um trabalho lógico, hipóteses, conceitos e indicadores para os quais se obteve correspondentes no real, permitindo a resposta à questão central formulada.
Como principais resultados da nossa investigação, consideramos de grande relevância as relações existentes entre Angola e Portugal, no contexto da salvaguarda dos interesses portugueses sobre os quais a intervenção da China (no país africano) não tem, a nível económico, criado consequências empíricas observáveis a Portugal. Contudo, com a intensificação das relações sino-angolanas, não é garante que o status quo hoje observado se mantenha. É notória a falta de uma estratégia de cooperação concertada por parte de Portugal e de um processo coerente assente em objectivos estratégicos fundamentais para o desenvolvimento de programas. Culminando com uma inexistência e incapacidade de validação de resultados. A nível de actores portugueses empenhados, a orquestração é exígua muito por falta dos factos anteriormente apresentados.
É unânime que Pequim não precisa do apoio luso para o desenvolvimento do exercício das suas acções em Angola. Portugal deve desenvolver e potenciar separadamente as suas actividades bilaterais, de uma forma programada, com os dois países e fazer uso dos fora internacionais para fazer passar a sua mensagem e concretizar os seus interesses. Abstract: The Chinese giant has begun a race to the natural resources in various parts of the globe, essential to maintaining its economic growth. The Dark Continent has not escaped to this and has been placed as a development partner. The Sino-African relationship is involved in a network of cooperative agreements and grants with two directions, often being characterized as a win-win relationship, with a geographic that focuses on South, against the normal relationship of the North - South with the North often named as the group of developed countries.
In our study is explained, initially, the relationship that has been established in recent decades, between these two major regional. After, we focus on the relations between China and the Community of Portuguese Speaking Countries, culminating in the case study of Angola. All this effort is made to identify the consequences to Portugal of the relationship between Angola and China. As the ultimate scientific analysis, discuss possible courses of action for the nation as lusa way to promote its geopolitical gains. The Analysis Model used was based on the hypothetical-deductive method, the construction part of postulates identified as model for interpretation of the phenomenon studied. This model has generated, via a logical work, hypotheses, concepts and indicators for which it was obtained in the corresponding real, allowing the central answer to the question asked.
As the main results of our investigation, we consider of great relevance the relations between Angola and Portugal in the context of safeguarding the interests of Portuguese. China's intervention in the African country hasn’t created, using an empirical observable, any economic consequences to Portugal. However, the intensification of Sino-Angolan relationship is no guarantee of maintaining the status quo observed along the next decades. It is apparent the lack of a concerted strategy for cooperation on the part of Portugal, without a consistent process based on key strategic objectives for the development of cooperation programs. In the end of the cooperation program and due to the inexistence of strategic objectives, it’s impossible to know if the cooperation achieved the desire effect. All the Portuguese actors involved in the cooperation process are unable to operate in a concerted action due to facts that were appointed by us. It is unanimous that Beijing does not need the support of the Portugal to develop its own activities in Angola. Portugal should develop and strengthen their bilateral activities separately, in a planned manner, with the two countries and make use of international fora to get your message and realize its interests.
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Republica Popular de Angola República Popular da China República Portuguesa Cooperação Comunidade de Países de Língua Portuguesa