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Abstract(s)
A esquizofrenia é uma das perturbações psiquiátricas mais enigmáticas e devastadora, devido aos efeitos debilitantes que ocorrem ao longo do curso da doença. Este, é um dos principais problemas de saúde pública e afeta, além dos doentes, os seus familiares causando inúmeros prejuízos funcionais e sociais.
Aos familiares é pedido que entendam e aceitem a doença, protejam e estimulem o doente; tarefas, muitas vezes, complicadas diante das vivências diárias.
Após o diagnóstico da doença, os familiares deparam-se com algumas necessidades, que se poderão agrupar por: necessidades de informação, psicológicas, espirituais, emocionais e económicas.
O presente trabalho tem como finalidade explorar as necessidades sentidas pelo familiar do doente com esquizofrenia, para que possamos ajudá-lo a compreender e adaptar-se à situação de doença, de forma a possibilitar a relação entre ambos e minorizar os problemas que daí advém.
Esta investigação tem como objetivos: identificar o conhecimento que a família, do doente portador de esquizofrenia, tem acerca da doença; Compreender de que forma a família se adapta à doença; Identificar a necessidade de intervenção do enfermeiro junto da família do doente com esquizofrenia.
Este é um estudo de natureza qualitativa, descritivo, de caráter retrospetivo.
Na elaboração deste estudo foram respeitados os princípios enunciados no relatório de Belmont.
O grupo de participantes foi selecionado de acordo com uma técnica de amostragem não probabilista intencional, resultando 10 indivíduos, de ambos os sexos, familiares de doentes com o diagnóstico de esquizofrenia.
Para a recolha de dados recorremos a entrevista exploratória semi estruturada, aplicada aos familiares de utentes com esquizofrenia.
Foram seguidos os pressupostos de Bardin na análise de conteúdo, procedendo-se a análise categorial , tendo sido criadas categorias e subcategorias.
Assim, o estudo permitiu constatar que os familiares têm um conhecimento empírico da doença, descrevendo os sintomas e os efeitos colaterais, mas não conseguem enquadrar a mesma face a patologias psiquiátricas semelhantes.
São escassos os conhecimentos que os familiares têm acerca da esquizofrenia, 8 dos familiares desconhecem a doença e 2 confundem-na com outras patologia. Isto reflete-se no quotidiano familiar, verificando-se a necessidade de intervenção dos enfermeiros, no sentido de colmatar dúvidas dos mesmos.
A doença mental e, em particular, a esquizofrenia afeta profundamente a família, sofrendo alterações de rotina familiar (9 familiares), de trabalho (2 familiares) e sociais (6 familiares), advindo destas implicações económicas e situações de doença noutros membros da família.
Todos os familiares inquiridos têm necessidade que lhe seja fornecida informação, para que, numa situação de crise saibam como proceder, seja através de ações, seja para proceder à hospitalização do paciente.
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Keywords
Esquizofrenia Família