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A cromestesia como ferramenta de ensino musical

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Pode uma experiência sinestésica ser o ponto de partida para uma nova forma de notação musical? Utilizaremos um instrumento específico, a guitarra, como exemplo: tocar guitarra é uma tarefa que exige o uso simultâneo de vários sentidos: o sistema auditivo tem o papel principal e fundamental, pois permite a perceção das notas que estão a ser tocadas; a visão, por outro lado, orienta o músico ao longo do braço da guitarra, e traz o entendimento da repetição das notas no braço do instrumento. Já a sensação das cordas nas mãos, que influencia o volume, é transmitido pelo tato. Desta forma, pode-se afirmar que, apesar de tocar guitarra ser uma atividade multissensorial, o resultando é principalmente uma experiência auditiva, e que quem não tem uma audição particularmente desenvolvida, está em desvantagem perante os restantes. Com esta premissa em consideração, a proposta deste trabalho consiste em aumentar o número de sentidos que reagem à vibração das cordas da guitarra, criando uma plataforma que identifica as notas, tal como um afinador, traduzindo-as para uma linguagem visual. Deste modo pretende-se auxiliar pessoas com deficiência auditiva ou com dificuldades em distinguir notas musicais a melhor perceber a utilização de um instrumento. Pretende-se que esta linguagem seja fundamentada em conceitos retirados de experiências sobre a cromestesia, a capacidades que algumas pessoas possuem de “ver sons”, e sustentada com bases teóricas sobre o uso da cor como forma de melhor memorizar, explicadas através de estudos psicológicos. O bom funcionamento desta plataforma dependerá da correcta interpretação da frequência de vibração das cordas do instrumento, através de qualquer receptor de áudio.
Can a synesthetic experience be the starting point for a new form of musical notation? We will use a specific instrument, the guitar, as an ex ample: playing the guitar is a task that requires simultaneous use of var ious senses. The auditory system plays a primary and fundamental role, allowing the perception of the notes being played. The visual system guides the musician along the guitar neck and provides an understand ing of the repetition of notes on the instrument’s fretboard. Conversely, the sensation of the strings in the hands, influencing volume, is con veyed through the tactile system. Thus, it can be asserted that, despite playing the guitar being a multisensory activity, the result is primarily an auditory experience, and those without particularly developed hearing are at a disadvantage compared to others. With this premise in mind, this work aims to increase the number of senses that react to the vibration of the guitar strings, creating a platform that identifies the notes, much like a tuner, and translates them into a visual language. In this way, the goal is to assist individuals with hearing impairments or difficulties distinguishing musical notes to better under stand an instrument’s use. It is intended that this language be ground ed in concepts drawn from experiences with synesthesia, the ability of some individuals to “see sounds,” and supported by theoretical founda tions on the use of colour to improve memorization, explained through psychological studies. The proper functioning of this platform will depend on the accurate in terpretation of the vibration frequency of the instrument’s strings through any audio receptor.

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Educação musical Ensino Interação Comunicação

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