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Abstract(s)
A guerra fria acabou duas vezes: a primeira,
em 25 de Dezembro de 1991, no fim de uma
sequência de crises em que se desfez o império
soviético, a segunda, em 11 de Setembro de
2001, com os ataques terroristas contra os
centros da república imperial, depois de uma
década de transição. Os dois momentos são
em tudo diferentes. O primeiro representa uma
viragem histórica, pois significa, simultânea e
cumulativamente, o fim de um século de guerras
totais e de revoluções totalitárias, o fim do
último império europeu e do primeiro regime
ideocrático moderno, e o fim do regime bipolar
e da competição estratégica, ideológica e política
entre as duas grandes potências vencedoras
da II Guerra mundial. O segundo momento é,
em comparação, relativamente insignificante.
Para lá da tragédia humana, os massacres terroristas
de 11 de Setembro não correspondem nem
a uma mudança histórica como o fim do comunismo
ou de um velho império, nem a uma
alteração fundamental na estrutura de distribuição
do poder, como o desaparecimento de
um dos dois pólos do sistema internacional. No
entanto, persiste a impressão inicial de que o
11 de Setembro é um momento de definição.
Nesse sentido, se servir para traduzir as mudanças
fundamentais do primeiro fim da guerra
fria numa revisão do modelo de ordenamento
internacional, o 11 de Setembro pode ter sido o
fim do fim da guerra fria.
Description
Keywords
Política internacional Multilateralismo Unilateralismo Islamismo Terrorismo internacional Fundamentalismo Guerra Soberania Intervenção militar Poder regional Guerra fria, 1947-1989 Pós-guerra fria NATO (EUA, 1949) Europa Ásia Balcãs EUA