A perceção dos enfermeiros perioperatórios sobre o risco do fumo cirúrgico na sala de operações

Pinto, Sofia

http://hdl.handle.net/10400.26/57788

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Authors

Pinto, Sofia

Abstract(s)

Enquadramento: O fumo cirúrgico, originado principalmente durante o uso de eletrocautério em procedimentos cirúrgicos, é um poluente ocupacional que representa riscos consideráveis para a saúde dos profissionais de saúde nas salas de operações. Apesar do conhecimento dos riscos, a implementação de medidas protetivas ainda é insatisfatória em muitas instituições. Este estudo qualitativo investigou a perceção dos enfermeiros perioperatórios sobre os riscos de exposição ao fumo cirúrgico e as práticas adotadas para mitigar esses riscos. Objetivos: O principal objetivo deste estudo foi explorar a perceção dos enfermeiros perioperatórios sobre os riscos associados à exposição ao fumo cirúrgico e identificar as práticas de mitigação implementadas nos blocos operatórios. Além disso, procurou-se compreender as barreiras à implementação de medidas de proteção eficazes. Metodologia: A população alvo deste estudo foi composta por 8 enfermeiros perioperatórios com experiência superior a 5 anos, selecionados para participar de um focus group. A recolha de dados baseou-se na condução de uma sessão de focus group, realizada via plataforma Teams, com o intuito de obter informação sobre a perceção dos riscos, práticas de mitigação adotadas e barreiras no ambiente de trabalho. Resultados: Os participantes demonstraram um conhecimento geral sobre os perigos do fumo cirúrgico, porém, identificou-se uma subutilização de medidas de proteção, tais como os sistemas de evacuação de fumos. A análise evidenciou que as barreiras institucionais e a falta de protocolos eficientes constituem as principais barreiras para a implementação de práticas de segurança mais rigorosas. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que, embora os enfermeiros estejam cientes dos riscos associados ao fumo cirúrgico, a aplicação de medidas preventivas é condicionada por barreiras organizacionais e operacionais. Conclui-se que é necessário o desenvolvimento de políticas institucionais mais rígidas e a promoção de formação contínua para assegurar a proteção adequada dos profissionais de saúde.