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Authors
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Abstract(s)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença crónica e
progressiva, que tem efeitos pulmonares e sistémicos que condicionam a
disponibilidade de energia para a concretização das atividades de autocuidado. A
resposta humana à detioração da condição de saúde pode influenciar
negativamente a capacidade do cliente gerir a energia disponível, o que se traduz
em dispneia associada à atividade física, e em incapacidade para iniciar ou concluir
as atividades de autocuidado
A intolerância à atividade limita para além da capacidade do cliente se
autocuidar, a interação familiar, social e profissional, com graves consequências
sobre a qualidade de vida pessoal e familiar.
Este estudo teve como objetivos aumentar o conhecimento sobre o impacte da
doença sobre o desenvolvimento de intolerância à atividade no quotidiano dos
clientes com DPOC; assim como, avaliar o potencial do instrumento de avaliação
utilizado, para identificar e descrever o nível de intolerância à atividade no
quotidiano destes clientes, de forma a produzir informação que apoie a definição de
prioridades de intervenção terapêutica de Enfermagem.
Para dar resposta aos objetivos delineados recorremos a uma abordagem
quantitativa, realizando um estudo exploratório, descritivo e transversal. Para a sua
concretização, construímos um formulário de avaliação da intolerância à atividade
para clientes com DPOC, que aplicamos a uma amostra não probabilística e de
conveniência constituída por 173 clientes da Consulta de Medicina do CHP/HSA e
do Serviço de Cinesiterapia do CHVNG/E. Os clientes desta amostra tinham em
média 68,37 anos, sendo a maioria do sexo masculino (75,10%) e reformados
(83,20%). Apresentavam um valor médio de FEV1 de 49,26% e um tempo médio de
evolução da doença de 15,93 anos.
O formulário desenvolvido é um instrumento válido, de fácil aplicação, de baixo
custo e apresenta um nível de fidelidade elevado (Alpha de Cronbach de 0,980).
Neste estudo constata-se que 1,2% dos clientes referem muita falta de ar,
7,5% alguma falta de ar, 37,6% pouca falta ar e 53,8% nenhuma falta de ar, na
concretização das atividades de autocuidado. Constatamos ainda que é na
subescala do autocuidado andar e atividade recreativa que estes clientes referem
maior falta de ar.
Este estudo permitiu constatar que ser reformado, do sexo feminino e ter mais
idade são fatores que estão associados ao aumento da intolerância à atividade.
Constatamos ainda que, um aumento da intolerância à atividade em qualquer
subescala do autocuidado está associado a um aumento de intolerância à atividade
nas restantes.
Na abordagem do cliente com DPOC, a avaliação do grau de intolerância à
atividade para as atividades de autocuidado torna-se fundamental para a conceção
de cuidados de Enfermagem do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de
Reabilitação.
Neste contexto as estratégias terapêuticas de Enfermagem devem centrar-se,
no envolvimento do cliente para o desenvolvimento do autocontrolo da condição de
saúde, através do desenvolvimento de competências cognitivas, instrumentais e
comportamentais, que promovam o controlo da progressão da doença e a
qualidade de vida.
Description
Keywords
Doença pulmonar obstrutiva crónica Autocuidado
