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Os profissionais de saúde, mais concretamente da área específica de Enfermagem, têm enfrentado algumas dificuldades e desafios no que diz respeito à boa prestação de cuidados, entre eles, garantir a segurança e a qualidade dos cuidados prestados, num ambiente de trabalho, que nem sempre é o mais favorável para o seu desempenho profissional. Existem Instituições de Saúde que têm tudo isso em consideração, e procuram oferecer ás equipas de enfermagem autonomia, colaboração entre a equipa multidisciplinar, o bom relacionamento entre a equipa de enfermagem e equipa médica, e o controlo sobre o ambiente, resultando em algo benéfico para os utentes, como um ambiente seguro e melhor qualidade nos cuidados prestados. Este estudo é pioneiro no Centro Hospitalar X, tendo como pergunta de investigação “será que as características do ambiente organizacional de cuidados, influenciam o burnout dos enfermeiros, em contexto hospitalar?”.
O objetivo geral foi:
Analisar a influência das características organizacionais no burnout dos enfermeiros em contexto hospitalar,
e os objetivos específicos foram:
Identificar as características do ambiente da prática profissional dos enfermeiros mais valorizadas pelos enfermeiros da unidade hospitalar;
Caracterizar os atributos organizacionais do ambiente da prática profissional dos enfermeiros na unidade hospitalar;
Descrever as dimensões do burnout dos enfermeiros em contexto hospitalar;
Identificar a relação entre as características do ambiente da prática profissional e o burnout dos enfermeiros.
Trata-se de um estudo Quantitativo, Observacional Descritivo e Transversal e Correlacional, realizado a enfermeiros de todos os Serviços de Medicina Y. Dos 110 enfermeiros que foram convidados a compor a amostra, colaboraram respondendo aos questionários, 80 enfermeiros, dos quais 62,72% eram do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 23 e os 55, tendo a maioria 29 anos. Quanto às habilitações literárias, 60% são licenciados, desenvolvendo a sua atividade profissional há uma média de 5,48 anos. Os critérios de inclusão no estudo foram a categoria profissional, cuja importância relaciona-se com o exercício de atividade assistencial no serviço específico, o tempo de atividade profissional e o tempo de atividade
profissional na organização. As dimensões do ambiente da prática profissional de enfermagem estudadas foram: a Autonomia, o Controlo sobre a Prática Profissional, a Relação Multidisciplinar e o Suporte Organizacioal, as quais apresentaram média positivas, entre os 3,23 e 3,83, ou seja, o ambiente da prática
profissional foi considerado favorável, uma vez que a média global de concordância dos enfermeiros, no momento em que o mesmo foi realizado, foi superior a 3,00. O burnout foi avaliado segundo as dimensões: Exaustão Emocional, Realização Pessoal e Despersonalização, com valores médios entre 3, 08 e 4,95, com baixo risco de burnout. Verificou-se uma relação baixa entre as dimensões do NWI-R e do MBI, concluindo-se que para os enfermeiros participantes no presente estudo, e no momento em que o mesmo foi realizado, a relação entre as características do ambiente da prática professional de enfermagem e a influência no burnout dos enfermeiros é praticamente inexistente. A colheita de dados foi realizada com o auxílio do questionário de Aiken, L.H. & Patrician, P. – Measuring Organizational Traits of Hospitals: The Revised Nursing Work Index, e do Inventário de Burnout de Maslach, de Chistina Maslach e Susan Jackson, ambos versão portuguesa,
autorizados pela linha de investigação da ESEL. Para a realização da análise, utilizou-se o programa informático IBM SPSS Statistics para MAC.
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Keywords
Gestão em enfermagem Cuidados de enfermagem Pratica de enfermagem Burnout
