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Codigestão anaeróbia de resíduos da indústria alimentar

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Abstract(s)

A energia é um recurso essencial na sociedade moderna sendo a obtenção de energia sustentável um aspeto relevante da estratégia de sustentabilidade das organizações e sociedades. Neste âmbito, a União Europeia tem implementado diversas estratégias e metas para promover a sustentabilidade, destacando-se, entre os métodos de produção de energia, a digestão anaeróbia por permitir a obtenção de biogás a partir de resíduos orgânicos, que pode ser purificado para se tornar biometano, uma alternativa ao gás natural. O presente estudo visa avaliar a viabilidade de valorizar por codigestão anaeróbia resíduos da atividade de uma indústria alimentar pela produção de biometano, contribuindo para a sustentabilidade ambiental deste importante sector industrial. Assim, foram utilizadas lamas de espessador (LE) e produtos não conformes de uma empresa alimentar, um molho tipo maionese (PNCM) e uma sobremesa à base de chocolate (PNCCh). O estudo incluiu a caracterização físico-química dos efluentes e a realização de testes de potencial bioquímico de metano (BMP) para avaliar a produção de biogás na monodigestão e codigestão dos substratos. Os resultados indicam que a razão substrato-inóculo (SIR) ideal para a monodigestão das lamas de espessador é 1.5, com SBP de 0.565 ± 0.041NLbiogás/gSV e SMP de 0.443 ± 0.031NLCH4/gSV, e apresenta TRH de 12 ± 1 dias. A molho mostrou maior eficiência na monodigestão anaeróbia, com uma produção máxima de biogás de 1.966 ± 0.254 NL e valores de SBP e SMP de 0.951 ± 0.125NLbiogás/gSV e 0.747 ± 0.101 NLCH4/gSV, respetivamente, com TRH de 17 ± 2 dias. Na codigestão, a mistura de três substratos (LE:PNCCh:PNCM em proporção de 50:15:35) apresentou a maior produção de biogás (1.786 ± 0.089 NLbiogás) e valores de SBP e SMP de 0.834 ± 0.042 NLbiogás /gSV e 0.542 ± 0.027 NLCH4/gSV, respetivamente. A modelagem matemática identificou o modelo cinético Feller como o mais adequado para a maioria das digestões realizadas. A análise energética concluiu que a molho tem o maior potencial de produção energética na monodigestão, com 7.40 kWh/kgSV. As misturas LE:PNCM e LE:PNCCh:PNCM mostraram elevados potenciais na co-digestão, estimando-se produções de 6.25 kWh/kgSV e 6.49 kWh/kgSV, respetivamente. Conclui-se que a co-digestão anaeróbia é uma alternativa eficaz para aumentar a produção de biogás e reduzir o depósito de resíduos em aterro, além de contribuir para a independência energética e sustentabilidade ambiental.

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Codigestão anaeróbia de resíduos Sustentabilidade ambiental

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