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Abstract(s)
Introdução: O cancro colorretal constitui uma das principais causas para a confeção de uma
ostomia de eliminação intestinal (Krouse et al., 2016). Em Portugal estima-se que cerca de 20 a 25
mil pessoas vivam com uma ostomia de eliminação (Cabral, 2009). Importa, assim, conhecer o perfil
deste grupo populacional na fase que antecede a cirurgia devido à sua influência no período posterior
à confeção da ostomia e no processo de reabilitação e adaptação da pessoa à nova condição.
Objetivo: Descrever as características sociodemográficas, clínicas e de tratamento da pessoa que vai
ser submetida a ostomia de eliminação intestinal no norte de Portugal.
Material e métodos: Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi aplicado o formulário ”Desenvolvimento
da competência de autocuidado da pessoa com ostomia de eliminação intestinal – CAO-
-EI”, validado para a população portuguesa, a uma amostra de conveniência de 50 participantes em
três hospitais do norte do país.
Resultados: A idade média dos participantes era de 61 anos, variando as idades entre os 25 e os 85
anos. Verificou-se que 88% possuíam escolaridade, embora, destes, cerca de 71% tinham frequentado
apenas o primeiro ciclo. Também 60% eram do sexo masculino, 86% casados ou viviam em união
de facto e 78% possuíam um familiar cuidador, sendo em 62% dos casos o cônjuge. Todos os participantes
estavam a aguardar a cirurgia colorretal com provável construção de ostomia de eliminação
intestinal e todos sabiam referir o diagnóstico que motivava a cirurgia, sendo que 78% tinham carcinoma
do reto, 82% iriam ser submetidos a colostomia e 52% a ostomia temporária. A maioria dos
participantes (82%) nunca tinha contactado com alguém com estoma, 58% participou em consulta de
Enfermagem de Estomaterapia e em metade da amostra foi efetuada marcação do estoma.
Conclusões: O conhecimento sobre o perfil sociodemográfico, clínico e de tratamento das pessoas que
serão submetidas a ostomia de eliminação intestinal, ainda na fase pré-operatória, permite ao enfermeiro
identificar, antecipadamente, as mais vulneráveis a desenvolver um processo de adaptação
menos ajustado, permitindo-lhe, assim, mobilizar e coordenar recursos no sentido de implementar
intervenções de enfermagem que respondam às necessidades específicas deste grupo populacional.
Description
Keywords
Ostomia Colostomia Ileostomia Autocuidado
Citation
Publisher
Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa