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Authors
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Abstract(s)
A nível mundial, várias iniciativas têm sido desenvolvidas almejando uma
mudança nos paradigmas da assistência ao casal em trabalho de parto. Neste
âmbito, as recomendações emanadas, visam a “humanização” dos cuidados
prestados durante o trabalho de parto, enfatizam o envolvimento das
parturientes nas tomadas de decisão e nomeiam o respeito pelo princípio da
autonomia das mesmas como fundamental.
A responsabilidade profissional do enfermeiro especialista em
enfermagem de saúde materna, obstetrícia e ginecológica (EEESMOG) implica
o reconhecimento do direito à autodeterminação da parturiente, a promoção do
exercício da liberdade sobre si e sobre os cuidados que decide aceitar ou
recusar e a consideração do consentimento informado (CI) como um aspecto
fundamental da prática.
O respeito pelo CI da parturiente constituiu o foco de interesse deste
percurso desenvolvido no contexto da unidade curricular (UC) “estágio com
relatório” e que tem como objetivo “Desenvolver competências técnicas,
científicas relacionais e ético-morais para a prestação de cuidados de
enfermagem especializados à parturiente, feto/RN e conviventes significativos
na área da saúde materna e obstetrícia, tendo como foco principal de atenção
o respeito pelo direito da parturiente ao CI”.
Para contextualizar a temática escolhida, orientar as intervenções de
enfermagem, facilitar a tomada de decisão e a reflexão, elegeu-se como
referencial teórico norteador deste percurso a “estrutura de cuidar de
Swanson”.
Nomeando como questão de partida “Quais as percepções das
parturientes sobre o seu direito ao CI na sala de partos?” foi realizada uma
revisão sistemática da literatura (RSL) como estratégia para identificar a
evidência científica.
A elaboração deste relatório permitiu a realização de uma análise crítica
do percurso realizado, mobilizando a evidência científica encontrada. A RSL
efectuada revelou que as parturientes consideram que o CI diz respeito ao seu
controlo e à sua participação nas tomadas de decisão; que as crenças, valores
VIII
e contexto sociocultural das parturientes, influenciam o valor que atribuem ao
CI e a percepção que têm acerca da forma como os profissionais respeitam o
seu direito ao mesmo; e que as parturientes percepcionam os profissionais de
saúde como uma fonte privilegiada de informação esperando deles um papel
ativo na promoção do respeito pelo CI.
Em suma, sendo o CI imprescindível para a prática de enfermagem e no
respeito pelos direitos das parturientes, o percurso apresentado evidência a
importância de se desenvolver competências que facilitem a sua obtenção,
respeitando assim os seus desejos, privacidade, a sua autonomia.
Description
Mestrado, Enfermagem de Saúde Materna e Obstetricia, 2015, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Keywords
Enfermagem obstétrica Parturiente Consentimento informado Autonomia