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As quedas são um fenómeno com grande impacto na qualidade de vida das pessoas, representando um dos principais acontecimentos indesejáveis que ocorrem em doentes hospitalizados. Em Portugal, no ano de 2008, as quedas traduziram 74,2% dos mecanismos de lesão mais registados a nível hospitalar.
Enquanto indicador da qualidade dos cuidados em saúde e critério de qualidade do exercício profissional, o fenómeno de enfermagem Cair representa um domínio com relevância na prática clínica, o qual exige grande atenção por parte dos enfermeiros, sendo por isso, uma área sensível aos cuidados de enfermagem. Se a promoção da qualidade dos cuidados representa um dos principais pressupostos da SCE, a prevenção da queda traduz-se numa excelente área de atuação.
Este estudo teve como objetivos: caracterizar o risco de queda numa amostra de adultos internados num serviço de medicina; relacionar o risco de queda com os atributos pessoais; analisar a conformidade dos processos de monitorização, planificação e execução dos cuidados de enfermagem e propor contributos para um modelo de SCE que potencialize as competências dos enfermeiros na prevenção de quedas.
A investigação alicerçou-se num paradigma de investigação quantitativo, de caráter exploratório-descritivo, de natureza transversal, com base numa amostra não probabilística e de conveniência constituída por cento e trinta e dois indivíduos.
O processo de recolha de dados teve por base três procedimentos: a aplicação de um questionário de prevenção de quedas pelo enfermeiro responsável pelo doente, a colheita e a análise documental da avaliação inicial e do plano de cuidados, e a
Risco de Queda: Contributos para um Modelo de Supervisão Clínica em Enfermagem
XII
observação participante com colheita de dados recorrendo a uma grelha de observação.
Do risco de queda emergiram os seguintes resultados: 16,7% dos indivíduos (N=22) não apresentavam qualquer risco de queda, 48,5% apresentavam Baixo Risco de Queda (N=64) e 34,8% (N=46) apresentavam Alto Risco de Queda.
Foi possível verificar a existência de inconformidades na implementação do protocolo de quedas, na aplicação das normativas da Direção Geral Saúde (DGS) para a contenção física de doentes e a sua relação com o risco de queda, na aplicação da Escala de Queda de Morse (EQM) e na seleção de intervenções de enfermagem.
Propomos alguns contributos para um modelo de SCE que potencialize as competências dos enfermeiros na prevenção de quedas, dos quais podemos destacar: sessões de SCE individualizadas que respondam às necessidades particulares de cada enfermeiro e que promovam o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, das capacidades de adaptação aos contextos e a flexibilidade organizacional; sessões de SCE em grupo, que estimulem a formação e a investigação da equipa e que promovam a reflexão e a discussão da prática clínica, fomentando o trabalho em equipa e a prática baseada na evidência.
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Keywords
Supervisão clínica em enfermagem Quedas/hospital