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Authors
Abstract(s)
O principal objetivo deste trabalho consiste na análise da relação entre a rentabilidade
dos capitais próprios e o efeito fiscal. Este objetivo abrangente conduz, por sua vez, aos
seguintes objetivos operacionais: (i) avaliar o impacto do efeito fiscal na rentabilidade
dos capitais próprios; (ii) comparar o impacto do efeito fiscal com outros indicadores do
modelo DuPont; (iii) avaliar se as empresas com maior rentabilidade são aquelas que
pagam mais imposto sobre os lucros; (iv) analisar a eficiência da relação entre a
rentabilidade dos capitais próprios e a carga fiscal, identificando os países com maior
nível de eficiência. Para perceber a ligação entre os dois indicadores – rentabilidade dos
capitais próprios e efeito fiscal – nas empresas cotadas da zona euro, realizou-se um
estudo empírico com base em 750 empresas de 19 países, para o período de 2018. Além
do efeito fiscal, utilizaram-se mais quatro variáveis do modelo DuPont estendido, a fim
de analisar a sua influência na rentabilidade dos capitais próprios. Para a análise
aplicou-se a metodologia do método dos mínimos quadrados (OLS) e utilizou-se como
ferramenta estatística o SPSS Statistics 24. Os resultados obtidos pelo método OLS,
após a estimação de quatro modelos em que, em cada um deles era excluída uma
variável do modelo DuPont, permitiram verificar que, em termos da variável do efeito
fiscal, o modelo com maior poder explicativo é o modelo que exclui o efeito da margem
EBIT. Neste modelo, uma variação de 1% no efeito fiscal, gera uma variação de 1,18%
na rentabilidade dos capitais próprios. Quando se compara a influência do efeito fiscal
com as outras quatro variáveis, constata-se que o efeito fiscal é a segunda variável no
modelo com maior poder explicativo (modelo 1) da rentabilidade dos capitais próprios,
logo a seguir ao efeito da rotação dos ativos. Constatou-se ainda que as empresas com
maiores rentabilidades dos capitais próprios não são as que pagam mais imposto, em
termos relativos (i.e. apresentam, no geral, menores taxas efetivas de tributação). Por
último, numa análise da eficiência na relação da rentabilidade dos capitais próprios com
a taxa efetiva de tributação, verifica-se que os países mais eficientes e mais atrativos
para o investimento (e para os investidores) são a Irlanda, Malta e Espanha. Do lado
oposto, Portugal, Grécia e Eslováquia são considerados os países menos eficientes e,
por conseguinte, menos atrativos.
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Keywords
Carga fiscal Modelo DuPont Rentabilidade dos capitais próprios Zona euro