Implementação de um software de manutenção em contexto hospitalar

Lopes, Daniel dos Santos

http://hdl.handle.net/10400.26/57380

Use this identifier to reference this record.

Name:	Description:	Size:	Format:
Tese_Mest_Daniel-dos-Santos-Lopes.pdf		3.99 MB	Adobe PDF	Download

Send Feedback

Authors

Lopes, Daniel dos Santos

Advisor(s)

Farinha, José Manuel Torres

Raposo, Hugo David Nogueira

Abstract(s)

Preconiza-se a existência de uma necessidade constante de evolução, não só a nível de conceitos, mas como também em hábitos, métodos e tecnologias, para que haja uma resposta mais alargada às necessidades da sociedade, que cada vez é mais exigente nestes campos e na forma como é feito o acabamento, seja do produto final, seja da realização de um serviço. É preciso ter sempre presente que numa empresa um dos critérios base a ter é a sua forma de inovação e as ideias que podem ser adquiridas para que os clientes tenham a maior satisfação possível e queiram voltar a usufruir dos serviços dessa companhia. O atingir a qualidade máxima dos serviços e das técnicas utilizadas advém sempre de uma boa gestão dos recursos que se têm à disposição e da forma como estes são geridos, tentando sempre retirar o seu melhor proveito e rendimento. Em áreas como a saúde é sempre importante ter em consideração que existem desenvolvimentos todos os dias e que é imprescindível acompanhar estes, de forma que o hospital, o centro de saúde ou a clínica esteja sempre preparada para dar resposta a inconvenientes e esteja atenta aos novos equipamentos tecnológicos ou até a novas técnicas utilizadas em procedimentos técnicos. É necessário ainda ter em conta que gerir os ativos inerentes a um serviço de saúde é imprescindível, no âmbito em que se está a lidar com vidas humanas e que todos os equipamentos utilizados nos procedimentos, análises e monitorizações devem estar em consonância com aquilo que se pretende deles e com as normas, assim, deve haver um controlo sobre a manutenção, calibração e desempenho dos mesmos, devendo sempre avaliar se ainda é plausível a ideia de investir num equipamento já ultrapassado ou avançar com a compra de um mais recente e mais tecnológico. O controlo deste tipo de materiais e maquinaria deve ser feito logo no momento de aquisição dos mesmos, é necessário ter em conta que o que se vai adquirir deve ter uma duração longa e uma qualidade adequada, daí a necessidade da apresentação de um bom caderno de encargos, caderno este que deve ser detalhado e específico naquilo que se pretende, é imprescindível também a especificação de peças suplentes e a forma de aquisição das mesmas, o custo deste tipo de materiais também é importante, é necessário também incluir serviços que são prestados no pós compra, pois, falhas de equipamentos ligados à saúde podem causar constrangimentos que vão influenciar o bem estar dos pacientes e a forma de como estes veem o serviço prestado. Os avanços tecnológicos nesta área estão a ser tão grandes que às vezes os especialistas de manutenção e os engenheiros responsáveis pela mesma, não conseguem dar resposta aos equipamentos que detêm, o que implica uma formação contínua e uma abrangência a vários níveis da manutenção, de forma que qualquer ocorrência possa ser tratada no imediato, de forma eficaz e rápida. Implementação de um software de manutenção em contexto hospitalar Aplicar conceitos como manutenção preventiva ao invés de manutenção corretiva é essencial, tal como a aplicação de um cálculo do Custo do Ciclo de Vida (Life Cycle Cost – LCC) e o Investimento do Ciclo de Vida (Life Cycle Investment - LCI) nos equipamentos. É neste âmbito que pode ser aplicado o PAS 55, que tem em conta o desempenho, o custo e o risco associados a cada equipamento. Este pode ser aplicado a qualquer instituição desde que “os ativos físicos sejam fatores chave ou críticos para o atingimento de suas metas de negócio.”, tal como referiu Valéria Marco (2013). Para que esta norma possa ser aplicada de forma adequada deve-se ter em conta o nível de maturidade de gestão de ativos da empresa, para que as opções já existentes não sejam repetidas e para haver um melhor enquadramento do que é necessário melhorar e do que não é. A avaliação do nível de maturidade impulsiona uma visão de como os ativos são tratados numa instituição, é necessário responder a várias questões para ver em qual patamar se encontra esta. Já existem vários softwares que pretendem dar uma ajuda no funcionamento e planeamento da manutenção e da gestão dos ativos, o que faz com que também possam ser adquiridos dados de indicadores de desempenho que revelem o conceito referido no parágrafo anterior, maturidade de uma empresa. Com este trabalho é expectável detetar problemas que existam, identificados estes pretende-se dar uma visão de como podem ser tratados e as técnicas que podem ser utilizadas para resolver os mesmos, sempre tendo em atenção o bom funcionamento da instituição e daquilo que é defendido pela mesma. “As técnicas e ferramentas disponíveis para atingir os níveis de maturidade são todas conhecidas, porém não são utilizadas pela maioria das empresas” (Valéria Marco (2013)), o que reflete uma necessidade constante de aprendizagem e de adaptação aos novos conceitos e técnicas existentes, para que estas sejam aplicadas de forma coerente e sem erros de perceção.