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Abstract(s)
A dor é um dos sintomas mais temidos pelas pessoas com doença oncológica. Geralmente crónica, porque persiste durante três ou mais meses para além da lesão que a originou, tem uma função destrutiva e adversa. É um sintoma multidimensional com componentes físicos, sociais, emocionais e espirituais, pelo que não deve ser considerada um mero sintoma, mas sim uma doença em si mesma. Dado o fenómeno da dor crónica comprometer o conforto este projeto apoiou-se na Teoria do Conforto de Katherine Kolcaba. Apesar da diversidade de intervenções descritas na literatura, a gestão da dor crónica continua inadequada devido a várias barreiras. Disto mesmo se deu conta numa auditoria feita por corte transversal às notas de enfermagem de 24h de 31 processos, pelo que foi pensado um projeto com intervenção que respondesse à questão “Quais as intervenções do enfermeiro na gestão da dor crónica da pessoa com doença oncológica?”. Este tem como finalidade promover a melhoria dos cuidados de enfermagem prestados na gestão da dor crónica à pessoa com doença oncológica e, a aquisição de competências, comuns ao enfermeiro especialista, do enfermeiro especialista em enfermagem médico-cirúrgica, do enfermeiro especialista em oncologia e associadas à obtenção do grau de mestre. Na execução do projeto adotou-se a metodologia de protocolo de revisão scoping na pesquisa bibliográfica, foi construído um instrumento para auditoria aos registos da dor nas notas de enfermagem e respetivos indicadores, um guia de colheita de dados para avaliar e intervir junto da pessoa com dor crónica com várias escalas anexadas para avaliar a dor e o desconforto e uma proposta de fluxograma para a gestão da dor crónica. A formação dos enfermeiros no serviço teve uma parte teórica, com duas sessões de formação, e prática, com disponibilização dos instrumentos desenvolvidos e contínuos atos de supervisão sobre os cuidados prestados pela equipa a pessoas com dor oncológica ou não. A auditoria feita no final do processo revelou aumento da capacidade da equipa intervir na pessoa com dor, verificando-se uma melhoria dos indicadores, nomeadamente, da taxa de conformidade na seleção adequada da escala de 29% para 90% e da taxa de registo da avaliação das intervenções desenvolvidas de 0% para 90%.
Description
Keywords
Enfermagem oncológica Doença oncológica Cuidados de enfermagem Dor crónica