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Satisfação do familiar cuidador do doente mental com psicose

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A doença, em qualquer que seja a sua natureza, é vivenciada pela pessoa como uma agressão, conduzindo muitas vezes a uma incapacidade no indivíduo que se repercute no contexto familiar. O cuidar é comum a todas as culturas, apesar das suas formas de expressão possam ser as mais variadas, é na família que se preconiza a responsabilidade e execução do cuidado dos seus familiares/entes/doentes. Esta investigação teve por base a questão central: quais as fontes de satisfação do familiar cuidador ao longo do processo de cuidar do doente com psicose? Para atingir os resultados optou-se por um estudo descritivo, transversal e exploratório, inserido num paradigma quantitativo, com o objectivo de descrever a satisfação do familiar cuidador e as fontes de satisfação. A amostra de conveniência, consecutiva, foi de quarenta e quatro familiares cuidadores e doentes com psicose acompanhados em Visita Domiciliária de um Serviço de Psiquiatria de um Centro Hospitalar do Porto. O processo de recolha de dados baseou-se na aplicação de um questionário, para recolha de dados socioclínicos do doente com psicose, um questionário dirigido ao familiar cuidador, heteropreenchido, para os dados psicossociais e aplicação de duas escalas: Escala de Avaliação da Espiritualidade (PINTO, PAIS-RIBEIRO, 2007) e Carers’ Assessment of Satisfactions Index (CASI), versão portuguesa de SEQUEIRA (2010). A primeira avalia a espiritualidade em geral (α=0,85), crenças (α=0,90) e esperança/ optimismo (α=0,86). A CASI avalia a satisfação do prestador de cuidados (escala global α=0,97), constituída por seis factores: contexto de cuidar, desempenho do papel de cuidador, contexto da pessoa dependente, qualidade do desempenho, dinâmica dos resultados e dinâmica familiar, com valores de alfa de Cronbach entre 0,69 e 0,91. Os factores do CASI que mais contribuíram para a satisfação do familiar cuidador foram a dinâmica dos resultados e o desempenho do papel de cuidador. O contexto de cuidar é o factor que melhor explica a variância da escala global (CASI). A atribuição de um significado de vida, a esperança e uma perspectiva de vida positiva constituíram fontes de satisfação para o familiar cuidador, em particular no contexto de cuidar. A idade do doente com psicose apresenta uma relação inversa, com significado estatístico, com a satisfação global do familiar cuidador (CASI global), desempenho do papel de cuidador, qualidade de desempenho e dinâmica dos resultados. As variáveis psicossociais do familiar cuidador que se associam à sua satisfação na prestação de cuidados são: mulheres cuidadoras apresentavam mais satisfação no desempenho do papel de cuidador e os familiares cuidadores com mais idade apresentavam mais satisfação ao nível da dinâmica familiar. Os familiares em situação de desemprego apresentavam-se mais satisfeitos com a qualidade de desempenho que aqueles que se encontravam na situação profissional de reformados ou no activo. Foram várias as fontes de satisfação do familiar cuidador na prestação de cuidados ao doente mental com psicose, que poderão constituir um desafio para o Enfermeiro de Saúde Mental e Psiquiatria no sentido de, por um lado, preservar, promover e potencializar as capacidades no processo de cuidar do doente mental e do familiar cuidador, por outro, identificar e diminuir os riscos de morbilidade quer da pessoa doente quer do respectivo familiar cuidador.

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Cuidador familiar Satisfação do cuidador Psicose Doente mental

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