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General José Augusto Simas Machado (1859 – 1927)

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Num momento em que estão em curso um conjunto de iniciativas culturais que recordam os 100 anos da participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial, é com grande oportunidade que, para o ano letivo 2016/2017, a Academia Militar escolheu para Patrono dos seus cursos de entrada, o general José Augusto Simas Machado. O general Simas Machado foi um dos mais ilustres militares que Portugal teve e, acima de tudo, foi um símbolo da defesa dos valores da República que se fundou em Outubro de 1910. Conhecido pela sua competência e manifesta devoção à causa republicana, ganhou a reputação do “general político” surgindo-lhe, naturalmente, o convite para presidir a Câmara dos Deputados e para assumir o Alto Comissariado da República nos Açores. A sua vida e obra assumem-se como um modelo daquilo que é concorrer, enquanto militar e cidadão, para o prestígio das Forças Armadas no seio da sociedade portuguesa. É esse o seu maior legado, sempre cimentado nos emergentes valores patrióticos e numa dedicação extrema ao seu País. Simas Machado foi um devoto cidadão português que, antes e durante a 1ª República, desempenhou um inúmero rol de funções, como foi o caso das de docente, de militar e de político, tendo combatido ainda, com as armas que dispunha, todas as tentativas de conspiração contra a República que foram emergindo desde os primeiros dias da sua implementação, designadamente, as incursões monárquicas de 1911. Foi neste contexto que se constitui numa das altas figuras associadas à implantação da República e à defesa dos seus princípios fundadores que, em 1910, estiveram na génese da queda da Monarquia em Portugal. Na instituição militar, Simas Machado atingiu o posto de general, combinando, na perfeição, a vertente castrense com os desafios da docência e da política. Relativamente a esta última vertente, foi deputado às Constituintes, presidiu à Câmara dos Deputados e foi o Alto Comissário da República nos Açores, demonstrando, em todas essas funções, capacidade de comando, inteligência, retidão, energia e arrojo. Ou seja, ao longo da sua carreira política confirmou sempre os seus invulgares atributos de estadista que, embora traduzissem atributos inatos, refletiam as superiores especificidades de uma formação militar que fora concluída com total brilhantismo. Aos cadetes-alunos que ingressam na Academia Militar no ano letivo 2016/2017, a vida e os feitos do general Simas Machado constituirão sempre uma referência no seu trajeto académico e militar. É da sua responsabilidade, honrar a figura do seu Patrono, laborando arduamente e convictamente para conseguirem atingir os seus objetivos, previamente instituídos. Numa época em que se regista uma assinalável crise de valores no seio das sociedades torna-se indispensável que os novos cadetes-alunos, nesta nova fase da sua formação, despertem o quanto antes, para o sucesso através do seu próprio esforço, da sua própria determinação e do seu elevado sentido de responsabilidade, sacrifício e abnegação. Não só por eles, mas também como forma de respeitar os nossos antepassados. Aliás, essa é única maneira possível de estar na Instituição que agora os abraça.

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História militar Formação militar Patronos

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Academia Militar

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