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Authors
Abstract(s)
Canine obesity is a serious breeding and health issue. Recent studies reported
that 34-59% of dogs visiting veterinary are overweight and 5-20% are obese.
Recent studies have shown that during the development of obesity there is several
alterations at the cellular and molecular levels that contribute to the secretion of local
and systemic molecules, called adipokines. These molecules contribute to the existence
of a chronic low grade inflammatory state, to angiogenesis, to the control of appetite and
satiety and to the control of the glucose and lipid metabolism. Together, these alterations
may explain the reduced life span of obese animals and the development of several
pathologies.
One of main adipokines is leptin that plays a key role in the regulation of body
weight, energy balance and feeding behaviour. Leptin is mainly regulated by adiposity,
existing a positive correlation between the degree of adiposity and the plasma leptin
concentration. In addition to adiposity, others factors regulate the leptin production such
as insulin, glucocorticoids, endotoxin, and cytokines.
Due to the contribution of leptin to the metabolism of glucose and lipids, several
studies suggested that it may to establish an association between obesity, insulin
resistance and ultimately diabetes. In fact, in humans the occurrence of obesity,
dyslipidaemia and hypertension has been long associated to the development of insulin
resistance and diabetes. However, the association between canine obesity and diabetes
is not well understood, and there is no consensus whether obesity induces diabetes.
Considering that obesity and diabetes reduce life span and the mechanisms
underlying its development are not clearly understood, in this article we review the
current knowledge on the association between obesity, diabetes and leptin.
A obesidade canina é uma grave questão de bem-estar. Estudos recentes mostram que 34-59% dos cães que visitam o veterinário têm excesso de peso e 5-20% são considerados obesos. Estudos recentes mostram que, durante o desenvolvimento da obesidade há várias alterações a nível celular e molecular que contribuem para a secreção de moléculas locais e sistémicas, chamadas adipocinas. Estas moléculas contribuem para a existência de um estado inflamatório crónico, para a angiogénese, para o controlo do apetite e saciedade e para o controlo do metabolismo da glucose e dos lípidos. Em conjunto, estas alterações podem explicar a redução do tempo de vida dos animais obesos e o desenvolvimento de várias patologias. Uma das principais adipocinas é a leptina que desempenha um papel fundamental na regulação do peso corporal, balanço energético e comportamento alimentar. A leptina é regulada principalmente pela adiposidade, existindo uma correlação positiva entre o grau de adiposidade e a concentração de leptina no plasma. Além da adiposidade, outros factores regulam a produção de leptina, tais como a insulina, os glucocorticóides, endotoxinas e citoquinas. Devido à contribuição da leptina para o metabolismo da glicose e dos lípidos, vários estudos sugerem que esta adipocina pode estabelecer uma associação entre obesidade, resistência à insulina e, finalmente, diabetes. De facto, nos humanos a ocorrência de obesidade, dislipidemia e hipertensão têm sido associados com o desenvolvimento de resistência à insulina e com a diabetes. No entanto, a associação entre a obesidade canina e diabetes não é bem compreendida, e não há consenso se a obesidade induz diabetes. Considerando que a obesidade e a diabetes reduzem o tempo de vida e os mecanismos subjacentes ao seu desenvolvimento não são claramente compreendidos, neste artigo vamos rever o conhecimento atual sobre a associação entre obesidade, diabetes e leptina.
A obesidade canina é uma grave questão de bem-estar. Estudos recentes mostram que 34-59% dos cães que visitam o veterinário têm excesso de peso e 5-20% são considerados obesos. Estudos recentes mostram que, durante o desenvolvimento da obesidade há várias alterações a nível celular e molecular que contribuem para a secreção de moléculas locais e sistémicas, chamadas adipocinas. Estas moléculas contribuem para a existência de um estado inflamatório crónico, para a angiogénese, para o controlo do apetite e saciedade e para o controlo do metabolismo da glucose e dos lípidos. Em conjunto, estas alterações podem explicar a redução do tempo de vida dos animais obesos e o desenvolvimento de várias patologias. Uma das principais adipocinas é a leptina que desempenha um papel fundamental na regulação do peso corporal, balanço energético e comportamento alimentar. A leptina é regulada principalmente pela adiposidade, existindo uma correlação positiva entre o grau de adiposidade e a concentração de leptina no plasma. Além da adiposidade, outros factores regulam a produção de leptina, tais como a insulina, os glucocorticóides, endotoxinas e citoquinas. Devido à contribuição da leptina para o metabolismo da glicose e dos lípidos, vários estudos sugerem que esta adipocina pode estabelecer uma associação entre obesidade, resistência à insulina e, finalmente, diabetes. De facto, nos humanos a ocorrência de obesidade, dislipidemia e hipertensão têm sido associados com o desenvolvimento de resistência à insulina e com a diabetes. No entanto, a associação entre a obesidade canina e diabetes não é bem compreendida, e não há consenso se a obesidade induz diabetes. Considerando que a obesidade e a diabetes reduzem o tempo de vida e os mecanismos subjacentes ao seu desenvolvimento não são claramente compreendidos, neste artigo vamos rever o conhecimento atual sobre a associação entre obesidade, diabetes e leptina.
Description
Keywords
Obesity Leptin Insulin resistance Obesidade Diabetes mellitus Leptina Resistência à insulina