A sintomatologia depressiva e as capacidades cognitivas de crianças e adolescentes com e sem diagnóstico de sobredotação

Heliodoro, Carolina

http://hdl.handle.net/10400.26/50825

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Authors

Heliodoro, Carolina

Advisor(s)

Serra, Lídia

Abstract(s)

A depressão é uma perturbação mental com um grande impacto mundial, que abrange sujeitos de todas as idades. A sua sintomatologia tem um efeito negativo quer ao nível psicossocial, bem como educacional, sendo os sujeitos sobredotados também afetados com esta condição. Além disso, os efeitos desta sintomatologia podem afetar o funcionamento cognitivo diário dos jovens com sobredotação. O presente estudo tem como principal objetivo compreender a diferença da sintomatologia depressiva e das capacidades cognitivas de crianças e adolescentes com e sem diagnóstico de sobredotação. O estudo contou com a participação de 45 sujeitos com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos de idade, sendo um grupo composto por 30 sujeitos sem diagnóstico de sobredotação e um grupo composto por 15 sujeitos com diagnóstico de sobredotação. Para a recolha de informações sobre os participantes utilizou-se um questionário sociodemográfico; para detetar a presença de sintomatologia depressiva foi aplicado o Children Depression Inventory (CDI); e para avaliar as capacidades cognitivas utilizou-se a Bateria de Avaliação Neuropsicológica de Coimbra (BANC). Os resultados mostraram diferenças significativas em relação às capacidades cognitivas gerais e específicas nos sujeitos com e sem diagnóstico de sobredotação. Para a sintomatologia depressiva também foram observadas diferenças significativas entre os grupos de participantes. De modo particular, verificou-se uma correlação significativa entre a idade e a linguagem nos sujeitos sem diagnóstico de sobredotação. Nos sujeitos com diagnóstico de sobredotação verificou-se uma correlação significativa entre a idade e as capacidades cognitivas gerais e específica da linguagem. Além disso, verificou-se uma correlação significativa entre a idade e a sintomatologia depressiva nos sujeitos sem diagnóstico de sobredotação. Neste sentido, importa delinear uma intervenção cuidadosa para os dois grupos de participantes, estando atentos a possíveis sinais e sintomas de depressão, bem como auxilia-los a alcançar um desenvolvimento cognitivo positivo, mediante programas específicos para estas idades.