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Introdução: A Web 2.0 e as tecnologias associadas vieram revolucionar o mundo atual, em todos os setores, inclusive na saúde. As soluções digitais existentes dão a oportunidade a cada individuo de participar poder ativamente na sua saúde, fornecendo várias opções de educação e capacitação multimédia – vídeo, voz, etc. A par disto, verificou-se igualmente que as instituições de saúde demonstraram preocupação em acompanhar as novas tecnologias, criando portais de informação online, com o intuito de facilitar a participação dos utentes e oferecer uns serviços remotos de telemedicina. A doença renal crónica (DRC) é considerada um problema de caráter global no âmbito da saúde pública, registando cada vez um maior número de incidências. Esta condição corresponde à perda lenta da função renal. Segundo a Kidney Disease Improvement Global Outcomes (KDIGO), a DRC corresponde a anormalidades na estrutura ou função renal presentes num período mínimo de três meses, apresentando implicações na saúde5. Métodos: Para a realização deste trabalho foi adotada uma metodologia qualitativa que envolveu a pesquisa e recolha de informação proveniente de bases de dados científicas. Foram excluídos artigos sem relevância para o tema e sem acesso ao texto integral. Resultados: A literacia em saúde digital (digital health literacy) é uma extensão da literacia em saúde num contexto tecnológico. Por outro lado, a literacia em saúde digital é definida como a capacidade de avaliar a informação de saúde retirada de fontes eletrónicas e aplicar o conhecimento adquirido para resolver uma situação relacionada com a saúde. Assim, a literacia em saúde digital apresenta uma maior abrangência, exigindo mais capacidades, como literacia computacional (capacidade de usar um computar ou tecnologias semelhantes de forma eficaz para realizar tarefas) e literacia dos media (para usar motores de pesquisa e poder avaliar as diversas fontes). De acordo com a literatura, a literacia em saúde digital conjuga competências de diferentes literacias, aplicadas ao contexto da saúde digital. Deste modo, identifica seis capacidades ou literacias centrais: literacia tradicional, literacia em saúde, literacia informacional, literacia científica, literacia dos media e literacia computacional. Estas foram organizadas em dois tipos: analíticas – relacionado com as capacidades que são aplicadas aos recursos informacionais: literacia tradicional, literacia em saúde, literacia informacional; contexto específico – depende de capacidades específicas da situação: literacia científica, literacia dos media e literacia computacional. De forma geral, os indivíduos com baixos níveis de literacia tendem a ter dificuldades a lidar com a saúde eletrónica. Considera-se que uma pessoa apresenta baixos níveis de literacia em saúde quando demonstra dificuldades no acesso e compreensão da informação em saúde, assim como na sua avaliação e aplicação no contexto da tomada de decisão. Consequentemente, apresenta uma menor capacidade de prevenção e diagnóstico e uma menor adesão aos tratamentos. Para além disso, os baixos níveis de literacia são associados a maus resultados em termos de saúde, nomeadamente aumento da taxa de hospitalização, aumento do número de urgências, diminuição da vacinação, aumento do uso de drogas, etc. Conclusão: A literacia em saúde na doença renal é muito importante, uma vez que existe grande complexidade associada à condição médica. Como tal, a literacia em saúde apresenta bastante potencial nos aspetos da doença renal crónica. Para compreender a DRC é necessário que os pacientes sejam capazes de interpretar, aplicar e usar informação quantitativa, especialmente relacionada com informação médica.
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Literacia em saúde Literacia em saúde digital Doença renal crónica
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Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde