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Traumatologia da coluna cervical

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Estima-se que mais de três milhões de pacientes com suspeita de lesão traumática da Coluna Cervical (CC) são atendidos nos serviços de urgência dos Estado Unidos da América (EUA), por ano. O mecanismo de trauma da CC é, numa grande parte das situações, incerto. A sua determinação depende maioritariamente dos padrões morfológicos da lesão e é indiretamente determinado a partir dos achados radiológicos. Uma lesão clinicamente significativa da CC é definida como qualquer fratura, luxação ou instabilidade ligamentar demonstrada por exames imagiológicos, que necessite de tratamento. Ocorre em 2-10% dos casos e origina o aparecimento de 10 mil novos casos por ano. O custo associado a estas lesões é grande, e estima-se que ascenda aos 3,4 biliões de dólares anualmente, nos EUA. No nosso país as principais causas são os acidentes rodoviários, de trabalho e acidentes relacionados com o mergulho. Um diagnóstico não adequado das lesões da CC pode produzir consequências desastrosas para os pacientes, este facto faz com que os médicos tenham um baixo limiar para pedir exames imagiológicos. Com a crescente ênfase na necessidade de prestar cuidados de saúde de forma rentável, o custo benefício da realização de exames complementares de diagnóstico imagiológico, tem estado sob debate. Uma outra desvantagem associada a uma crescente utilização dos meios complementares de diagnóstico por imagem é o aumento da exposição do paciente à radiação. Este facto tornou-se ainda mais importante quando o conhecimento público de radiação médica cresceu. A avaliação de pacientes com suspeita de trauma da CC tem sido uma problemática controversa na medicina, que levanta três questões fundamentais. 1. Que pacientes necessitam de exames imagiológicos? 2. Que exames imagiológicos são necessários? 3. Que tipo de imagem deve ser realizada? Para solucionar, ou de certa forma normalizar, a avaliação diagnóstica da lesão traumática na CC nos serviços de urgência, foram desenvolvidos dois grandes estudos com o objetivo de validar critérios clínicos que excluíssem a presença de lesão traumática da CC. Ambos os estudos incluíram apenas pacientes conscientes e com um estado de alerta normal. Os princípios do primeiro estudo designado de National Emergency X-Radiography Utilization Study Low-Risk Criteria (NEXUS) foram primeiramente descritos no ano de 1992, a sua publicação definitiva só viria a acontecer no ano de 2000. Este protocolo surgiu com a necessidade de identificar os pacientes que apresentassem uma baixa probabilidade de lesão traumática da CC, reduzindo assim a necessidade de realizar exames imagiológicos para chegar a um diagnóstico conclusivo.Em 2001, foi publicado um segundo protocolo de tomada de decisão, o Canadian Cervical-Spine Rule (CCR).Em ambos os protocolos é a determinação dos fatores de risco que dita a necessidade ou não de realizar exames de radiologia convencional, ou outros exames imagiológicos. Apesar da controvérsia existente sobre qual dos protocolos (NEXUS e CCR) possui melhor desempenho clínico, o American College of Radiology (ACR) Appropriateness Criteria reconhece que ambos são largamente aplicados na prática clínica e produzem predições concordantes na maioria dos pacientes.

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Coluna Cervical Traumatologia

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