Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
647.99 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
O Novo Humanitarismo consolidou-se nos
anos 90 como novo paradigma da acção humanitária,
importante instrumento de suporte
à resolução de conflitos, pela apresentação
de um novo entendimento sobre os seus valores
e operacionalização. Num momento de
necessária avaliação, a pergunta a fazer é se o
humanitarismo evoluiu para melhor, ou se
deveria tentar recuperar o que se perdeu. Neste
artigo, são colocadas duas hipóteses em confronto,
segundo dois autores: o Novo Humanitarismo
está a ser usado por um modelo de
governação específico para expansão de uma
agenda própria (Mark Duffield) ou corrompeu-
se a si mesmo pelo desenvolvimento de
relações ambíguas com o poder político (David
Rieff). Interpretando-as como uma tese e a sua
antítese, dado que ambos os autores tiveram
responsabilidades no desenvolvimento do
Novo Humanitarismo apesar dos radicalmente
diferentes pressupostos, sugere-se como
síntese que houve de facto uma substituição
do poder político pela acção humanitária, obrigada
a um mandato muito mais alargado,
bem para além da sua raison d’être original.
Não é desejável ignorar a história recente,
advogando-se aqui por uma clara limitação à
acção humanitária, através de uma redefinição
do seu papel.
Description
Keywords
Conflitos Operações humanitárias Humanismo Poder político Organizações internacionais Reconstrução Direitos humanos ONU Pós-guerra