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Abstract(s)
É escusado encarecer a importância estratégica
do mar para São Tomé e Príncipe. Alguns dos
seus desígnios de política externa desenham‑se
a partir de uma imaginada valia estratégica da
sua posição no Golfo da Guiné. Porém, essa valia
também depende muito da estabilidade política e,
daí, da segurança marítima numa região, onde os
arquipélagos – São Tomé e Príncipe e a parte insu‑
lar da Guiné Equatorial – traçam uma bissectriz,
porventura também no plano político.
Falar da segurança marítima significa abordar,
não só a segurança da navegação – a preocu‑
pação do presente –, mas também a criação de
um espaço, cuja segurança começa em terra, mais
precisamente na estabilidade política dos países
e, como alegadamente se pretende, na construção
e operacionalização de políticas de protecção
recíproca, como, por exemplo, as alegadamente
perseguidas pela Comissão do Golfo.
No quadro político actual e, mais especificamente,
no âmbito do papel do arquipélago na sub‑região,
a relação de São Tomé e Príncipe com o espaço
marítimo (e com os países fronteiros) sugere nova
equação, desta feita no quadro da pretendida
composição de interesses na região. O país está
preparado para este novo cenário geopolítico?
Como em outros domínios, dir‑se‑ia que não, o
que, ainda assim, não lhe retira potencial impor‑
tância e protagonismo. Justamente, a importância
e o protagonismo requerem uma reflexão apro‑
fundada sobre as várias questões da segurança
marítima como esteio crucial das suas relações
externas com a região.
Description
Keywords
Segurança marítima Política externa Geoestratégia Geopolítica Prevenção Conflito Golfo da Guiné São Tomé e Príncipe, Portugal, até 1974 Angola, Portugal, até 1974 Nigéria EUA